A Festa do Livro
Instalada num vasto espaço no topo do terreno, a «Festa do Livro» foi um sucesso verdadeiramente espectacular, com milhares de visitantes permanentemente a percorrer, compulsar, adquirir (sempre a preços mais baixos que os do mercado) ou, simplesmente espreitar os também milhares de títulos que os aguardavam.
Num auditório adjacente sucediam-se os lançamentos de novos títulos, às vezes com a presença dos autores, enquanto as sessões de autógrafos também se realizavam com regularidade.
Havia momentos que chegava a ser difícil circular no vasto recinto, tal era a multidão que deambulava vagarosamente pelo enorme dédalo onde descansavam milhares de livros, espreitando, reluzentes, nos escaparates, num convite quase irresistível para um breve compulsar de páginas.
É impossível dar nota da variedade e abundância de títulos expostos, mas importa sublinhar que estavam presentes não apenas as grandes editoras nacionais, como estava patente ao público um amplo leque de opções no que toca a géneros, ora literários e de ficção, ora científicos ou especializados, mas também para crianças, jovens ou estudantes.
Os lançamentos
Em todos os dias da Festa houve lançamentos de livros (e até de um CD de poemas), em sessões sempre concorridas e, quase na generalidade, com a presença dos autores.
A sexta-feira (quando a Festa abriu ao fim do dia) foi dedicada ao lançamento do livro A Flor da Utopia, de Urbano Tavares Rodrigues e à inauguração da exposição sobre a sua vida literária, que contou com a presença do autor.
O sábado foi o dia forte das apresentações, tendo-se realizado nem mais nem menos que sete. A primeira, foi por sinal um CD de poemas ditos por José Morais e Castro, seguindo-se três livros que abordaremos com maior detalhe mais à frente: Ary dos Santos O Homem, O Poeta, O Publicitário, de Alberto Bemfeita, Fidel Uma Biografia, de Claudia Furiarti, e Soma Pouca<, de Carlos Aboim Inglez.
Seguiu-se, ainda no sábado, os lançamentos de As Duas Vozes, de Arnaldo Mesquita, de Em Maio Há as Cerejas, de Odete Santos e No Mar Não Há Árvores, de Ilda Figueiredo.
No domingo foi lançada a colecção Contra o Esquecimento, de Viale Moutinho, e o livro Bossy, de Luísa Monteiro.
Ary, Fidel e Aboím
«O Zé Carlos é uma figura maior da nossa cultura e é o poeta da Revolução de Abril», começou por dizer José Casanova, da Comissão Política do CC do PCP, na apresentação do livro Ary dos Santos O Homem, O Poeta, O Publicitário, da autoria de Alberto Bemfeita, também publicitário e companheiro de trabalho de Ary durante muitos anos na mesma agência publicitária. Mas também «um poeta militante», pois utilizou igualmente a poesia como arma política ao serviço da luta do PCP, de quem era militante. José Casanova lembrou alguns desses poemas escritos a pedido por Ary, de que destacou o célebre «A Bandeira Comunista», composto na sequência do assalto e destruição do Centro de Trabalho do PCP em Braga a 14 de Agosto de 1975. «O Ary era este vulcão, este talento espantoso, esta sensibilidade para se aperceber das grandes questões políticas» e pô-las em poema que toda a gente entende e canta, acrescentou ainda José Casanova, assinalando igualmente a homenagem feita a Ary por toda a Festa do Avante! deste ano.
O embaixador cubano em Portugal, Reinaldo Calviac, apresentou a obra em dois volumes Fidel Uma Biografia, da autoria da jornalista brasileira Claudia Furiati, assinalando que era a primeira vez que surgia uma obra abordando a vida de Fidel Castro desde a sua infância até aos dias de hoje, recordando que Fidel sempre cortou o passo ao «culto da personalidade» (não há uma única estátua sua em Cuba) e realçando que esta obra, longe de ser apologética, mostra com honestidade e rigor a trajectória de Fidel e o seu papel fundamental nos difíceis 44 anos da defesa da revolução cubana e da luta contra o criminoso bloqueio norte-americano.
Finalmente, Manuel Gusmão fez a apresentação de Soma Pouca, «um título belíssimo», como afirmou, reunindo poemas escritos por Carlos Aboim Inglez e agora publicados postumamente. Um homem que escrevia para si mesmo mas também para os outros, de uma forma dialéctica e marxista. Um homem «que só se concedia tempo para escrever quando lhe sobrava tempo» - sobretudo no tempo da prisão onde, por outro lado, lhe roubavam a vida...
Mais adiante Manuel Gusmão assinalou que, nos belos poemas de Aboim Inglez, «há uma dimensão na poesia que é oficina e outra que é invenção», o que explicará a epígrafe que este faz a Sá de Miranda, segundo Manuel Gusmão um poeta admirado por Aboim, que se fascinava de encontrar neste clássico português «por um lado o encanto de uma voz satírica e, por outro, um poeta que dava um imenso valor ao trabalho da língua». Finalmente, referiu que Aboim «pertence a uma geração que foi animada por um projecto», com «homens que tentaram unir as suas várias paixões e convicções». E isso também está bem patente na sua poesia em Soma Pouca.
A convite do Partido Comunista Português realizou-se no dia 5 de Setembro em Almada, no Convento dos Capuchos, um encontro de partidos comunistas e outros partidos de esquerda da Europa com o tema «a questão social, a esquerda e o actual momento europeu».
Queremos começar por saudar todos os militantes e simpatizantes do Partido, todos os democratas, todos os homens, mulheres e jovens que, pelo seu esforço, criatividade e trabalho, se podem justamente orgulhar de serem os grandes construtores e obreiros de mais esta edição da Festa do Avante! - a grande festa dos...
Foram muitas milhares de jornadas de trabalho ali usadas para erguer de novo a Festa. E quem as acompanhou ao longo das últimas semanas vai fazendo a comparação com outras festas, outros tempos e calculando o que falta para ter tudo pronto na abertura, quando milhares de visitantes positivamente se lançam, terreno...
Um comício não é só gente a falar, não são apenas as palavras dos discursos. Muito menos na Festa do Avante!, com uma multidão a sublinhar o que é dito, a responder do terreno à palavra de dirigentes. Não é apenas um vasto palco onde tomam lugar...
No domingo, logo pela manhã, realizou-se o já habitual encontro com as delegações estrangeiras na Quinta da Atalaia, que contou com a presença e intervenção do secretário-geral do PCP, Carlos Carvalhas, acompanhado de José Casanova, director do jornal Avante!, Virgílio de Azevedo, do Secretariado do CC, e Ângelo Alves, da Secção Internacional.
Trago-vos as saudações fraternas do colectivo do Avante!. Para todos: para os construtores da Festa, os milhares de militantes, amigos e simpatizantes do Partido e da JCP que, em múltiplas jornadas de trabalho voluntário, num ambiente de camaradagem e amizade, ergueram esta bela cidade nova, esta bela cidade cheia de...
A JCP, a organização revolucionária da juventude portuguesa, saúda-vos. Estamos na festa da juventude. Na festa que construímos juntos.Saudamos os jovens que, com o seu contributo, a sua abnegação e o seu amor revolucionário, ajudaram a construir a nossa festa e todos os jovens que estão na festa dos sonhos, da amizade e...
Do debate sobre «a mulher e o cinema» à declamação, da magia à música, do teatro ao vídeo, do desporto à dança, tudo aconteceu este ano no Pavilhão da Mulher.
As mulheres comunistas aproveitaram os dias da Festa do Avante para lançar a Agenda Mulher 2004.A iniciativa, tomada pela Comissão junto do Comité Central para os Problemas e Movimento das Mulheres, visa proporcionar «uma mais ampla informação e o despertar de uma maior consciência» para os direitos sexuais e...
Apesar do coro de protesto que em todo o mundo se levantou contra a condenação à morte, pelo Tribunal da Charia, de Amina Lawal, nigeriana de 30 anos, acusada de adultério por ter sido mãe fora do casamento, o Tribunal de Recurso de Funtura confirmou a sentença, em Agosto de 2002. O facto de, no próximo dia 25 de...
«A mulher e o cinema» foi, este ano, o tema em debate no Pavilhão da Mulher.
Sexta-feira, oito e meia da noite. O dia foi quente, mas a noite está fria. No Auditório 1.º de Maio o ambiente certamente vai aquecer. Por isso há que jantar depressa e rumar para junto do lago. «Onde?» Lá ao fundo, naquela tenda branca. «Ah, sim, reparei quando entrei. É que é a primeira vez que venho à Festa e ainda não conheço os cantos à casa.» E a vista é bem bonita, com as luzinhas reflectidas na Baia do Seixal. «É verdade. E que bem que se está aqui a ouvir a Filipa Pais.»
Munidos de um folheto sobre os direitos dos jovens, muitas ideias e um sorriso nos lábios, os participantes das brigadas de contacto da JCP partem à conversa com os jovens visitantes da Festa do Avante!. Os mais tímidos levam um pacote suplementar de coragem, porque isto de falar com desconhecidos nem sempre é fácil.
O futuro dos jovens não será fácil, se forem implementadas as políticas do Governo. Esta foi uma das conclusões do debate sobre «Direitos dos Jovens» que teve lugar na tarde de domingo, simultaneamente com uma outra: o combate às ideias neoliberais é cada vez mais necessário e só através dele se poderá travar o retrocesso social.
Há sítio na Festa onde não haja jovens? Não, mas o Espaço da Juventude é-lhes especialmente dirigido, logo ali ao lado do Palco 25 de Abril. Este ano, a grande inovação foi uma sala de cinema improvisada onde foram exibidas trinta curtas metragens de realizadores portugueses. Mas havia mais, tanto que alguns jovens passaram ali grande parte dos dois dias e meio da Festa… A música ficou a cargo das quinze bandas que actuaram no Palco Novos Valores, as vencedoras da final que se realizou na Festa da Alegria, em Braga.
Enquanto lá dentro se faziam os últimos acertos na montagem, cá fora, apesar do adiantado da hora, centenas de pessoas, de várias idades, aguardavam calma e ordeiramente em fila a abertura das portas. No Avanteatro, foi assim todas as noites.
Não podia ter corrido melhor a componente desportiva da edição deste ano da Festa do Avante. Milhares de camaradas, amigos e simpatizantes do Partido de todos os pontos do país, através da sua alegria, entusiasmo e espírito desportivo deram corpo a uma festa desportiva que não tem paralelo em Portugal. Basta dizer que 1102 atletas cortaram a linha de chegada da Corrida da Festa, número que constitui recorde das dezasseis edições desta prova desportiva.
Luzia Dias e Luís Feiteira, ambos do Sporting , foram os grandes vencedores da 16.ª Corrida da Festa do «Avante!», disputada na manhã de domingo.
A seguir classificaram-se Cristina Santos, da Sementes da Ribeira Nova, e Manuela Dias, do Benfica; no sector masculino subiram também ao pódio Luís Jesus, da Conforlimpa, e Artur Santiago, individual.
“As Mulheres e o Desporto em Portugal” foi tema de um debate moderado por Isabel Cruz, da área desportiva do CC do PCP. Na tarde de sábado, numa mesa instalada em pleno polidesportivo da Festa, sentaram-se também Nuno Cristóvão, treinador da selecção nacional feminina de futebol de onze, Lara Pinto, futebolista internacional e Suzana Pinto, atleta deficiente.
Torneio de Xadrez (72 participantes)1.º - Ruben Pereira2.º- Francisco Correia3.º- Pedro Martins4.º- Andriy Ferents5.º- Victor Ulyanovskyy6.º- Georges Cherenov7.º - Andriy Sukhov8.º- Rogério Pires9.º- Valter Fatia10.º - Luís Parreira11.º- Hélder Figueiredo12.º - Jorge Aniceto13.º- Michel Akki14.º- Sena Lopes15.º - Mário...
Nos dias da Festa realizaram-se torneios de demonstração de Malha feminina, com equipas da ARPI de Pinhal de Frades e do Desportivo Parque Verde, e de Petanca, com equipas masculinas e femininas do Clube de Campismo de Lisboa, Clube de Campismo de Almada e Associação Recreativa de Emigrantes de Grândola. Ao todo, nos...
Portugal vai na vanguarda dos acidentes de trabalho na Europa, sendo um dos poucos países onde os acidentes de trabalho são entregues às companhias de seguros e não à Segurança Social.A afirmação foi feita no Forum, domingo à tarde, durante o debate sobre o Ano Internacional do Deficiente, criado devido «à falta de...
Nos dias de hoje, é necessário esforço e empenhamento, individual e colectivo, para obter informação verdadeira e de classe, sendo indispensável recorrer aos órgãos de comunicação do Partido. Esta ideia marcou a conversa de sexta-feira à noite, no espaço da imprensa comunista, no Pavilhão Central.Fernando Correia...
Prolongou-se por duas horas e meia o muito participado debate de domingo à tarde, no Forum do Pavilhão Central, sobre o actual momento na Europa, onde frequentemente foi feita referência a ideias analisadas durante o encontro de partidos comunistas e de esquerda que teve lugar sexta-feira.No final, Albano Nunes salientou...
A legislação sobre o funcionamento dos partidos políticos e o financiamento das suas actividades deve ser revogada, pois não representam qualquer avanço para uma reforma do sistema político, antes constituem um ataque aos direitos dos cidadãos se organizarem livremente. O tema foi analisado sábado à noite, no Forum, por...
O Código do Trabalho insere-se numa ofensiva mais geral, que coloca em causa a própria democracia, afirmou Jerónimo de Sousa, no debate de sexta-feira à noite, no Forum do Pavilhão Central. Alertando que este não é apenas mais um pacote laboral, como outros que o precederam desde os anos de contra-revolução, chamou a...
Das grossas colunas de som ouviu-se a música, por todos reconhecida, de que os espectáculos vão reabrir.Muitos apertaram o passo para não perder a «Carvalhesa» porque, afinal de contas, a vida são dois dias e a Festa são três.«Vingança festiva» no palco dos sonhosOs Renderfly, abriram os espectáculos de sábado e não...
Depois de uma abertura a convidar à dança com os escaldantes ritmos africanos de Tito Paris, «Ary, Lisboa e o povo» foi mais do que um estrondoso espectáculo na noite de sexta-feira. Aproveitando as modernas condições que o Palco 25 de Abril proporcionou através dos dois écrans de vídeo gigantes, o espectáculo que fechou a primeira noite da Festa do PCP foi um marcante acontecimento de música, cultura e pedagogia para as dezenas de milhar de espectadores que enchiam o recinto.
O Palco Arraial é, decididamente, um dos mais interessantes espaços musicais da Festa do Avante!. Dedicado à divulgação dos sons e tradições do Portugal «profundo», este palco assume-se como uma importante arma de defesa da identidade nacional e das suas raízes populares. Com as várias bandas, coros, grupos e ranchos que...
Era em torno do palco de Setúbal que se estendiam as esplanadas e restaurantes do espaço desta organização regional. E se esta localização privilegiada poderia contribuir para atrair mais espectadores, a qualidade de quem lá actuou justificou plenamente que por lá se fosse ficando, que foi o que aconteceu com muitos dos...
O mural gigante que inundava a avenida da Liberdade da Quinta da Atalaia deixava o repto, «Um outro mundo é possível com o socialismo».
A Festa do Avante! ficou marcada por uma mensagem do presidente da Autoridade Nacional Palestina. Yasser Arafat pediu o empenhamento da comunidade internacional para obrigar Israel a acabar com a «ocupação e colonização». Esta informação só foi possível...
A revolução cubana «está no coração do povo», afiançou Abelardo Curbelo, da delegação do Partido Comunista de Cuba, sublinhando a ideia de que as eleições «como as que há em outros países, nada têm de democrático». Esta constatação foi proferida no sábado, à tarde, durante o debate «Solidários com Cuba», após a pergunta...
Uma viagem em torno da luta dos povos de todo o mundo contra o capitalismo e a guerra, em apenas três dias, foi o que a organização da Festa do Avante! reservou, este ano, para os visitantes do Espaço Internacional. «Um outro mundo é possível com o socialismo», lia-se à entrada deste espaço de solidariedade. «Venezuela,...
«Chile de Allende e mudanças de regime. 30 anos do golpe militar» foi o motivo para o debate de sábado à tarde que, infelizmente, não pôde contar com a presença previamente anunciada de Juan Carlos Concha, membro do Comité Central do Partido Comunista do Chile e Ministro da Saúde durante o governo da Unidade Popular -UP-...
«A Festa é memória e transformação», afirmou Manuel Gusmão, num debate realizado no sábado no café-concerto de Lisboa, com o tema «cultura erudita, cultura popular e cultura de massas». Para o escritor e dirigente comunista, a Festa do Avante! comporta e combina como nenhum outro evento estes três tipos de cultura. O...
Reunido na Atalaia esteve todo um país. Partindo da realidade do Portugal real – que se estende para lá das redes que delimita o terreno onde se realiza a Festa do Avante! –, na Atalaia ergue-se um outro, com uma geografia muito própria. Aqui não há centros nem periferias, litorais e interiores: com dimensões diferentes, todas as regiões são iguais.
A viagem continua pelo País comunista da Atalaia, que se percorre em poucas horas. Saindo das «regiões» maiores e visitando as mais pequenas, é difícil resistir à variedade das vivências e tradições, dos atrasos e das lutas para os superar. No espaço de Aveiro, lembra-se as lutas dos operários do calçado de 1943, ao...
Na Atalaia – espécie de miniatura do País que queremos, com trabalho, lazer e alegria – as regiões mais esquecidas pelo outro Portugal (o tal que começa onde este acaba e que urge transformar pois este, a miniatura, só dura três dias) têm lugar de destaque, de igual para igual com todas as outras. Assim, Bragança – onde...
Pela sua colocação no terreno, pelas suas dimensões, pela actualidade dos temas das exposições e dos debates, pelo laborioso investimento que os construtores da Festa do Avante! ali transpiram e pelo cuidado resultado que é exibido aos visitantes, o Pavilhão Central atraiu muitos milhares de pessoas.
Uma fotografia aérea, mostrando o percurso desde o Fogueteiro à Quinta da Atalaia, seguida de três dezenas de listas telefónicas, serviam para representar a história da Terra e assinalar alguns momentos-chave da sua cronologia. Umas dezenas de folhas de papel, no final da fieira de listas, representavam os dois mil anos...
«25 anos após a sua inauguração, este painel, resultado do trabalho colectivo de dezenas de artistas, é uma afirmação de liberdade e constitui um contributo decisivo para a divulgação da arte em Portugal, nascida e criada com a Revolução de Abril.«Utilizando diversos materiais – azulejo, cerâmica, pedra e betão – o...
As artes plásticas estão sempre por toda a parte na Festa do Avante. Não é preciso procurá-las, basta passar as portas da Atalaia e logo as formas e as cores, os volumes e as superfícies nos convidam, nem sequer os lugares «reservados» a actividades mais caracterizadas escapam ao ordenamento e ao artefacto, à arrumação...
A Festa está aberta, viva a Festa do «Avante!» Viva a Festa do Povo e da Juventude, a Festa da esperança, da alegria, da fraternidade! Surpreendendo os que não conhecem a força das convicções, dos valores e de um projecto de transformação social, surpreendendo os que não conhecem a capacidade de realização, de criação,...
«O Marxismo como concepção revolucionária do mundo» constituiu um dos debates mais participados no espaço da imprensa do Partido.Francisco Melo e Aurélio Santos falaram, sobretudo, da actualidade do marxismo-leninismo, teoria que constituiu um passo decisivo na história da humanidade, há séculos a sonhar com a destruição...
Manuel Gusmão, Manuel Augusto Araújo e Francisco Silva expuseram perante uma audiência atenta conceitos que distinguem os comunistas na forma de encarar a cultura.A cultura não é apenas fruição mas também criação, disse Manuel Gusmão. É o conjunto dos processos e actividades, meios, instrumentos e suportes, artefactos e...
«Para onde vai o mundo? Perigos e potencialidades» constituiu, sábado à noite, um debate que revelou as inquietações dos comunistas face às tendências da evolução mundial, mas também a certeza de que a luta dos trabalhadores e dos povos pode fazer alterar esta correlação de forças, como afirmou Luís Carapinha.De facto,...
As mudanças sociais estão permanentemente a verificar-se e na actual fase do capitalismo, ao contrário do que alguns têm defendido, não eliminaram a luta de classes, defendeu Francisco Lopes no espaço da imprensa partidária, domingo à tarde. Pelo contrário, defendeu, o que se verifica é a agudização da luta, tanto a...