O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, mantendo o apelo a que todos os profissionais de Enfermagem façam greve amanhã, nos turnos da noite, manhã e tarde, ao lado dos demais trabalhadores da Administração Pública, aprovou um plano de lutas que inclui acções de âmbito regional, uma greve nacional, a 10 de Novembro, e a manifestação nacional que a CGTP-IN convocou para dia 11, em Lisboa e no Porto.

Em conferência de imprensa, no dia 19, após uma reunião da Direcção Nacional do SEP/CGTP-IN, o presidente do sindicato admitiu que, se o Ministério da Saúde continuar a não apresentar soluções, vão seguir-se outras formas de luta.

José Carlos Martins, citado pela agência Lusa, referiu o agravamento das condições de trabalho, a desregulação dos horários de trabalho, a sobrecarga horária, as inversões de posicionamento, a perda de paridade da Enfermagem com a carreira técnica superior da Administração Pública, a não conclusão dos processos de avaliação e a falta de medidas para retenção de enfermeiros no SNS. Salientou ainda que, quase um ano após a publicação do diploma que viabiliza a contabilização de pontos, ainda hoje milhares de enfermeiros sofrem profundas injustiças.

O SEP exige a contratação de mais enfermeiros e a efectivação dos que permanecem com vínculos precários.