Mobilização vai continuar na Cimpor

Em defesa dos complementos de assistência na doença, que a administração da Cimpor (Grupo OYAK) decidiu abruptamente retirar a mais de 1300 beneficiários, a partir de 20 de Outubro, concentraram-se nessa sexta-feira, a partir das 11h30, frente à sede da empresa, em Lisboa, mais de 300 reformados e familiares, bem como trabalhadores no activo.

O protesto foi promovido pela Comissão de Trabalhadores e pela Associação de Reformados da cimenteira, com o apoio da Federação Portuguesa dos Sindicatos da Construção, Cerâmica e Vidro (FEVICCOM/CGTP-IN) e do Sindicato da Construção, Cerâmica e Vidro do Sul.

Em intervenções realizadas durante a concentração, foi salientada a desumanização das relações laborais, bem patente numa decisão que afecta reformados, alguns com as suas quotas já pagas até ao fim do ano, como exigido para usufruírem desta modalidade de seguro de saúde, criada nos primórdios da Cimpor e, em 1984, alargada a reformados e familiares.

Fátima Messias salientou a importância desta acção, que teve uma participação «como há muitos anos não havia». A dirigente da federação e da CGTP-IN, trabalhadora da Cimpor, realçou que este foi «o início de um caminho» de defesa dos direitos.

Nuno Gonçalves, dirigente do sindicato, destacou que o corte é também uma ameaça aos direitos dos trabalhadores no activo, o que faz da luta pela revogação da medida um combate de todos.

Uma delegação da organização concelhia de Vila Franca de Xira do PCP reafirmou a condenação veemente da decisão vergonhosa da administração da Cimpor.

 



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