Direito à greve atacado na RTP

Ocorreu na RTP – Rádio e Televisão de Portugal uma «tentativa de ilegalizar a greve na comunicação social», acusou o Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Telecomunicações e Audiovisual (SINTTAV/CGTP-IN), na segunda-feira, reagindo a uma comunicação interna do Conselho de Administração.

Este confirmou, no domingo, que um director de serviços se deslocou à Central Técnica de Lisboa, no dia 19, seguindo instruções suas, para advertir trabalhadores de que iriam sofrer consequências graves, incluindo processos disciplinares, caso fizessem greve.

As greves na RTP e na comunicação social não estão sujeitas a serviços mínimos. Mas a administração pretende que «trabalhadores ligados à emissão» não possam fazer greve, pois tal pode «comprometer a utilidade da prestação oferecida». O objectivo, alerta o sindicato, «é alargar este conceito a jornalistas e a outros profissionais dos média, levando na prática a uma situação de quase ilegalização administrativa das greves».

O SINTTAV convocou para a RTP greve ao trabalho suplementar, iniciada a 5 de Outubro, por tempo indeterminado. Apresentou um pré-aviso de greve para os dias 14 a 20, renovado por mais sete dias, até às 24 horas de amanhã.

Contra a recusa discriminatória de reenquadramentos e reclassificações profissionais, por uma actualização salarial extraordinária e respostas a outros problemas, as greves prosseguirão até a administração aceitar reuniões «com uma base negocial sólida», como um dirigente sindical reafirmou à agência Lusa, no dia 20. Nelson Silva explicou que esta é uma greve «mais imprevisível» do que era habitual, uma vez que os trabalhadores paralisam «em grupos, quando entendem», e não pelo período do pré-aviso.

 



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