Luta das mulheres foi e é central
A Organização Concelhia do Barreiro do PCP promoveu, sábado, 12, na Sociedade Filarmónica Agrícola Lavradiense, o debate «A luta das mulheres pelos seus direitos». A iniciativa, moderada por Jéssica Chainho Pereira, decorreu no âmbito das comemorações do Centenário do Partido.
A anteceder as intervenções da plateia, Paula Santos, deputada do PCP na Assembleia da República e membro do Comité Central, lembrouque «em Portugal as mulheres tiveram um papel determinante na luta antifascista», quer integrando as batalhas mais gerais pela democracia, a liberdade, os direitos sociais e laborais, quer criando organizações próprias, de que é exemplo o Movimento Democrático de Mulheres, fundado em 1969.
De resto, recordou e detalhou Paula Santos, «cedo o nosso Partido compreendeu a importância da participação, da intervenção e da luta das mulheres». Acção própria e integrada na luta mais geral que foi igualmente decisiva durante a Revolução de Abril, onde é conquistada a igualdade entre homens e mulheres, amplos direitos políticos, económicos, sociais e culturais, bem como avanços nos direitos de maternidade e paternidade, nos direitos sexuais e reprodutivos.
Apesar dos progressos registados com a Revolução de Abril, que a Constituição consagra, «a igualdade na lei, não é a igualdade na vida», acrescentou a eleita e dirigente do PCP, para quem «há ainda um longo caminho a percorrer para que a igualdade em todas as dimensões seja efectiva».
Nesse sentido, defendeu que uma vez que «as desigualdades, as discriminações e a exploração que persistem resultam da natureza exploradora, opressora e predadora do sistema capitalista», a «luta pela emancipação das mulheres é a luta pela emancipação da mulher trabalhadora da opressão capitalista».