No dia 12, sábado, realizou-se no Teatro Garcia de Resende, em Évora, mais um dos quatro espectáculos que a DRA do PCP criou para a região histórica do Alentejo, onde a luta pelo direito ao trabalho, pela jornada de oito horas nos campos e pela terra a quem a trabalha marcam indelevelmente o longo percurso da luta dos trabalhadores e do povo e se projectam no futuro.

O espectáculo É Tão Lindo o Meu Partido vai buscar o nome a um verso de uma «moda» popular do canto a vozes (hoje património da Humanidade), com a mesma designação, feita no período revolucionário do 25 de Abril, no qual o povo alentejano ocupou os grandes latifúndios (e empresas capitalistas) e soube, colectivamente, tomar nas mãos o seu futuro, a partir do sonho de uma terra sem amos, tantas vezes irrigada por sangue e suor dos que nunca desistiram e que lutaram por um projecto que só o PCP foi capaz de interpretar, criando os alicerces para um presente e um futuro democráticos e socialistas.

A abrir, Patrícia Machado, da Comissão Política, saudou os intérpretes – quase uma centena –, e afirmou que as lutas do passado e do presente se projectam no futuro. O espectáculo teve início com um poema popular sobre a fome, a miséria e a consciência de lutar contra elas. A Internacional, logo a seguir, interpretada a capela por corais alentejanos, envolveu os que assistiam de arte, emoção e confiança no futuro. Foram cerca de 30 peças que, várias vezes, emocionaram até às lágrimas, cantadas por todos e acompanhadas pelas palavras de ordem: PCP! PCP! e A luta continua!, a que o vermelho das bandeiras do PCP agitadas, deram mais sentido e força.

Participaram no espectáculo: Coral Harmonia, Coral Vozes d´Arte, Duarte, Grupo Coral e Etnográfico de Grândola, Grupo Coral Fora d´Oras, Grupo Coral Feminino Papoilas do Enxoé de Vale de Vargo, João Morais (O GAJO), João Vitorino, Maria Leonarda Madeira, Maria Marrafa, Nuno do Ó, Paulo Ribeiro e Vozes Além Tejo. Na forte componente multimédia salientou-se acontecimentos e tempos históricos nos quais o PCP teve um papel fundamental na luta do povo português pela liberdade, a dignidade e o futuro.

Uma reflexão de Álvaro Cunhal sobre a concretização do sonho, o Avante!, Camarada e A Internacional, cantados por todos, encerraram cerca de 90 minutos de um espectáculo que valeu a pena e apontou para o futuro.

Sábado, 19, o espectáculo É Tão Lindo o Meu Partido ruma a Beja.