A urgência de fortalecer o financiamento público às associações de bombeiros foi reafirmada por Jerónimo de Sousa no final de um encontro com a direcção da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), quinta-feira, 10, na sede nacional do Partido. O Secretário-geral do PCP, que liderou uma delegação que incluía Octávio Augusto, da Comissão Política, e Francisco Pereira, do Comité Central, precisou que o crescimento do apoio aos bombeiros é urgente e tem de ser concretizado já em sede de Orçamento do Estado, mas adiantou outros elementos de valorização das associações e da sua missão que precisam de respostas.

Entre estas estão a inexistência de um comando operacional autónomo, o acesso a combustíveis subsidiados, a promoção da formação ou a criação de condições favoráveis à atracção de mais jovens voluntários, obstáculo com o qual a maioria das instituições se tem confrontado nos últimos anos, acrescentou o dirigente comunista, depois de notar que se o Estado tivesse de assumir muitos dos serviços prestados pelos bombeiros, o custo total seria o dobro ou o triplo do actual.

Jerónimo de Sousa chamou ainda a atenção para a necessidade de manter no terreno o dispositivo de equipas de intervenção permanente, já que, lembrou, a seca que se faz sentir em Portugal não augura um cenário favorável.

«Basta pensar que, de 01 de Janeiro a 01 de Fevereiro, cerca de 1.200 hectares no Alto Minho foram queimados», demonstrando «que não será bom desactivar aquele corpo de bombeiros», disse.

Antes do Secretário-geral do PCP, o presidente da LBP, António Nunes, considerou «bastante profícua» a reunião com o Partido e revelou que entre as preocupações manifestadas se encontram igualmente o protocolo com o INEM ou o transporte dos doentes não urgentes.