«Que cada activista da CDU se assuma como candidato»

«Vamos ao contacto e ao esclarecimento para construir um grande resultado para a CDU», por isso, «que cada activista se assuma como candidato», apelaram Diana Ferreira e Jaime Toga anteontem em Vila Nova de Gaia.

O País não precisa da alternância dos mesmos de sempre

Cabeça-de-lista pelo círculo eleitoral do Porto e membro da Comissão Política do PCP intervieram terça-feira à noite numa sessão pública em Vila Nova de Gaia, na qual já não participou Jerónimo de Sousa, forçado a interromper a sua participação na campanha eleitoral (ver página 8).

Perante uma sala com plateia e balcão repletos, acompanhados no palco por candidatos do PCP-PEV num palco onde primeiro passou Jorge Lomba para um período de animação cultural, Diana Ferreira e Jaime Toga, à vez, sublinharam, precisando com exemplos concretos, que a 20 dias das legislativas é cada vez mais evidente qual foi e é a força determinante para assegurar direitos e rendimentos. Para travar e reverter retrocessos, impedir o agravamento dos problemas em diversos domínios e assegurar um País com futuro, assente num rumo de progresso social e económico soberanos.

Destacaram, também, que emerge com meridiana clareza que o PS não quis convergir nas soluções que o povo reclama e de que Portugal carece com urgência. Quis eleições «numa ambição pela maioria absoluta que lhe permita ficar de mãos livres», acusou Diana Ferreira. Para desenvolver «a política que ao longo dos anos foi concretizando em alternância com PSD», completou, depois, Jaime Toga, para quem «o País não precisa da alternância dos mesmos de sempre».

A primeira candidata da CDU no distrito do Porto frisou também que «aos problemas que o distrito enfrenta, que os seus trabalhadores vivem diariamente», respondem os comunistas e os seus aliados «com soluções concretas». Garantiu, por isso, que «não nos rendemos» aos baixos salários nem à precariedade, aos serviços públicos encerrados e aos cuidados de saúde cada vez mais longe de quem deles necessita e despidos de profissionais e meios, aos transportes, mobilidade e habitação muito aquém da resposta que é preciso dar.

 

Compromissos claros

Nesse sentido, Diana Ferreira enunciou compromissos claros da CDU naquelas matérias, assim como relativamente à promoção da produção regional e nacional. Isto antes de lembrar a todos os presentes que «conversa a conversa, um a um, vamos conquistar os votos para reforçar a única força política portadora de um programa vinculado às reivindicações dos trabalhadores e do povo».

O mesmo não pode dizer o PS, «que fugiu e foge da convergência necessária para responder aos problemas» e que, «por maior que seja a demagogia prometendo em muitos casos aquilo que ainda há meses recusou», não será capaz de iludir o povo, que «sabe bem o que valem promessas em véspera de eleições», vaticinou Jaime Toga.

O dirigente comunista referiu-se às «súbitas paixões em torno dos salários, quando tudo fizeram e fazem para impedir o seu aumento, mantêm a caducidade da contratação colectiva e prolongam o congelamento dos salários na Administração Pública»; às «promessas em torno da habitação quando se recusam a revogar a “lei dos despejos”»; às «juras de amor em relação ao SNS quando continuam a transferir milhões de euros para os grupos privados e não mexem uma palha para atrair e fixar profissionais no serviço público»; às «mentiras em torno do aumento extraordinário das reformas neste ano de 2022».

Jaime Toga dedicou depois grande parte da sua intervenção à valorização do aparelho produtivo nacional, que considerou «indispensável para diminuir a dependência externa e criar emprego com direitos». Prioridade que a CDU assume mesmo que ela esteja «muito longe das dos sucessivos governos e das elites económicas e financeiras que os sustentam».

Mesmo quando se sabe «que a sujeição nacional ao mercado único e às imposições do euro tornaram e tornam esta luta mais difícil e exigente», ou quando se constata que a preocupação com a reindustrialização de Portugal, da qual tanto se falou no contexto pandémico, foi «sol de pouca dura», estando este eixo estratégico «desvalorizado e criminosamente esquecido» nos programas de PS, PSD e até do BE, prosseguiu Jaime Toga, que identificou ainda os alimentos, medicamentos, meios e equipamentos de transporte e energia como as quatro áreas estratégicas prioritárias na substituição de importações por produção nacional.

 



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