Na sexta-feira, 27, Jerónimo de Sousa esteve no Litoral Alentejano. De manhã, em Alcácer do Sal viajou no Nónio, o novo Sistema de Transporte Urbano de cariz local do município, que permite a deslocação dos residentes nos bairros periféricos ao centro urbano da cidade e o acesso a bens essenciais e serviços públicos que aí podem ser encontrados, desde a área da saúde e protecção social à aquisição de produtos de primeira necessidade. Desde 1 de Junho e até àquele dia já tinham sido efectuadas pelos utentes 1703. A utilização deste sistema de transportes urbanos, que a gestão PS destruiu em 2006 e que a CDU recriou este ano, tem crescido todos os meses. A visita foi acompanhada, entre outros eleitos da CDU, pelo presidente da Câmara Municipal, Vítor Proença, que se recandidata a um terceiro mandato.

No final, o Secretário-geral do PCP falou de uma questão central para as populações e os trabalhadores portugueses: os transportes e a mobilidade. Sobre o Nónio, considerou que o Governo deveria olhar para o exemplo do Nónio de forma a que «a mobilidade das pessoas fosse, de facto, um direito assegurado». Depois, destacou a importância e o significado da concretização da redução do preço dos transportes públicos, uma proposta do PCP, muitas vezes chumbada pelo PS e pelo PSD na Assembleia da República, para as pessoas, mas também em termos ambientais.

Abordada foi igualmente a necessidade de o Estado conceder mais investimento para se poder reduzir o preço dos passes sociais dos cinco concelhos do Litoral Alentejano, apesar do investimento das autarquias (cerca de um milhão de euros), e da devolução da ferrovia regional às populações do Litoral Alentejano.

Vila Morena

Mais tarde, numa sessão pública em Grândola, o Secretário-geral do PCP valorizou o trabalho realizado pela CDU naquele concelho, dando como exemplo a requalificação urbana e do espaço público «com volumosos investimentos», como é o caso da requalificação do Jardim 1.º de Maio, onde decorria aquela iniciativa, e do parque escolar, mas também o investimento efectuado na rede de abastecimento de água e no saneamento das freguesias do concelho. Meritório foi, igualmente, o trabalho desenvolvido no plano social, no apoio à cultura e ao património, «onde pontua a concretização de importantes investimentos que permitiram a abertura do Núcleo Museológico de São Pedro, da Casa Frayões Metello ou da Olaria de Melides, mas também da concretização da nova Biblioteca e Arquivo Municipais», destacou.

O Secretário-geral recordou, depois, o «impacto positivo na vida de milhões de portugueses das medidas de aplicação directa inscritas no Orçamento do Estado por proposta e iniciativa do PCP». Referia-se aos cerca de 300 mil trabalhadores em lay-off que receberam os seus salários a 100 por cento; às 200 mil pessoas que foram abrangidas pelos apoios dirigidos aos trabalhadores independentes e outras pessoas sem protecção social; aos mais de 50 mil trabalhadores desempregados que viram os seus subsídios de desemprego prolongado; aos cerca de 20 mil crianças que foram abrangidas pela gratuitidade das creches.

António Figueira Mendes, que também se recandidata a um terceiro mandato à frente da Câmara de Grândola, anunciou um programa eleitoral «ambicioso» para os próximos quatro anos, onde constam, por exemplo, «medidas para planear o território capaz de atrair empresas e, consequentemente, postos de trabalho com direitos, suportados por um plano de desenvolvimento estratégico sustentável». «Temos um trabalho imenso pela frente, só possível de realizar com competência, dedicação, honestidade e total disponibilidade para trabalhar, como sempre temos feito», frisou o candidato.