É preciso mobilizar todas as energias para que nenhum voto falte na CDU
AFIRMAÇÃO Jerónimo de Sousa esteve no distrito de Braga no dia 16, numa jornada que passou por Fafe e culminou num comício em Guimarães, onde interveio também a candidata Mariana Silva, do PEV.
Mais força à CDU para avançar e não andar para trás
A noite estava fria, mas o entusiasmo dos activistas e apoiantes da CDU que participaram no comício do Largo de Donães, no coração da cidade-berço, aqueceu o ambiente. A actuação do músico Jorge Lomba contribuiu para o calor, com a interpretação de célebres temas do cancioneiro português, como Maria Faia, de José Afonso.
Na intervenção com que encerrou o comício, Jerónimo de Sousa apelou a que, no ciclo eleitoral que agora se inicia, se dê «mais força à CDU para avançar e não andar para trás». É esta, precisamente, a «opção decisiva» que está colocada nas eleições de domingo, que, por serem as primeiras, deverão ser o «início de um caminho de conquista e avanço da CDU para as outras batalhas que vêm a seguir», acrescentou.
O dirigente comunista resumiu em seguida a importância de as eleições de 26 de Maio resultarem em «mais deputados, mais votos e mais força à CDU»: para afirmar os direitos dos trabalhadores e o direito do País ao desenvolvimento; para levar para a frente a «solução dos problemas nacionais que permanecem adiados»; para dar resposta «a todos quantos aspiram a uma verdadeira mudança de política em Portugal e na Europa».
Escolher caminhos
A «jogar em casa» (é eleita na Assembleia Municipal de Guimarães), a dirigente do PEV Mariana Silva, apelou a todos e cada um dos activistas da coligação PCP-PEV para que levem ao «vizinho, ao amigo, ao familiar os argumentos, e são muitos, para que a votação na CDU seja reforçada. Bem perto da muralha que lembra que Aqui Nasceu Portugal, dizemos que o mais forte desses argumentos é que é necessário defender o País na União Europeia».
A candidata garantiu que no próximo domingo a escolha é, também, de «caminhos para o ambiente», destacando o incentivo à utilização de transporte público como «uma das condições para a mitigação das alterações climáticas e para a coesão territorial». Da parte da União Europeia, o que se pode esperar são avanços na privatização da água e mais apoios à agricultura super-intensiva.
A primeira intervenção da noite ficou a cargo de Deolinda Machado, independente, sindicalista, activista católica e membro da Coordenadora Nacional da CDU: «Não há impossíveis! Sabemo-lo bem pela luta diária e consequente que fazemos, alicerçada nos princípios e valores que nos unem», afirmou.
Valorizar o mundo rural
Antes do comício, na sua passagem por Fafe, Jerónimo de Sousa visitou as Feiras Francas, umas das mais concorridas do Minho. O dirigente comunista contactou com produtores e, em declarações à comunicação social, chamou a atenção para a necessidade de valorizar o mundo rural e a produção familiar. A este propósito, garantiu, o que se exige da UE não é a resolução dos problemas mas que, ao contrário do que tem feito até aqui, não a impeça.