Cada voto na CDU soma para fazer avançar o País
ESCLARECER Jerónimo de Sousa esteve na segunda-feira, 20, no Norte do distrito de Lisboa a participar numa acção de contacto com a população em Torres Vedras e num jantar com apoiantes em Alenquer.
A CDU não trai nem deserta de nenhuma luta
«Os resultados precisam de ser construídos, ainda há votos a ganhar e pessoas a convencer», afirmou o Secretário-geral do PCP em Alenquer, num apelo a que todos os activistas da CDU se mobilizem «para que nenhum voto falte» no próximo domingo. Como fez questão de sublinhar, «cada voto conta, soma força à força da CDU para fazer avançar o País». A antecedê-lo, o vereador comunista na Câmara Municipal, Ernesto Ferreira, tinha já instado «todos e cada um, nos dias que faltam», a contribuir para esclarecer e conquistar mais votos.
Para Jerónimo de Sousa, a 26 de Maio o povo português tem perante si importantes opções, entre elas a de escolher um de dois caminhos: ou o aprofundamento de um «projecto supranacional de domínio económico e político que nos submete aos interesses das grandes potências», como defendem PS, PSD e CDS, ou, outro, diferente, de exercício pleno da soberania nacional. Neste caso, a opção de voto só pode ser na coligação PCP-PEV.
Quem votar na CDU, garantiu o dirigente comunista, sabe que o seu voto será respeitado. Com uma lista de «homens e mulheres dedicados à causa dos trabalhadores, do nosso povo e do País», a coligação é uma «força confiável», que «não trai e não deserta de nenhuma luta». Longe de constituir uma mera proclamação de campanha eleitoral, esta realidade é comprovada pela intervenção dos três deputados eleitos pela CDU, «os mais activos, coerentes e intervenientes» entre os 21 portugueses com assento no Parlamento Europeu.
Jerónimo de Sousa lembrou que foram eles e não outros a apresentar propostas concretas «pela defesa e modernização dos transportes públicos», a «tomar nas suas mãos a defesa dos sectores produtivos nacionais, do ambiente e da água pública», a estar presentes nas «situações de emergência».
Falsos salvadores
O dirigente comunista dedicou grande parte da sua intervenção a mostrar o que une PS, PSD e CDS, em Portugal como no Parlamento Europeu (onde a convergência foi quase total). E criticou PSD e CDS por se apresentarem a estas eleições quase como «salvadores da Europa, que dizem ameaçada». Eles que só «não foram capazes de salvar Portugal do atraso e dos graves problemas que hoje enfrentamos», como, aliás, os «agravaram com a sua política de direita e de conluio com toda a ofensiva desencadeada pela troika».
Comentando o aparecimento, na campanha do PSD, de Pedro Passos Coelho, Jerónimo de Sousa aconselhou o antigo primeiro-ministro a ter «algum decoro, lembrar-se do que fez e assumir essa responsabilidade perante os portugueses». Momentos antes, em declarações aos jornalistas em Torres Vedras, tinha já desmontado o logro que Passos Coelho e o PSD construíram em torno da «carga fiscal». O anterior governo PSD-CDS, recordou, ficou marcado por uma enorme «injustiça fiscal», penalizando quem trabalha ou trabalhou e aliviando a tal «carga» sobre os grupos económicos.
No contacto com a população e os comerciantes do centro de Torres Vedras, o dirigente comunista reafirmou a necessidade de dar mais força à CDU «para avançar e não andar para trás».