- Nº 2373 (2019/05/23)

É preciso mobilizar todas as energias para que nenhum voto falte na CDU

CDU

AFIRMAÇÃO Jerónimo de Sousa esteve no distrito de Braga no dia 16, numa jornada que passou por Fafe e culminou num comício em Guimarães, onde interveio também a candidata Mariana Silva, do PEV.

A noite estava fria, mas o entusiasmo dos activistas e apoiantes da CDU que participaram no comício do Largo de Donães, no coração da cidade-berço, aqueceu o ambiente. A actuação do músico Jorge Lomba contribuiu para o calor, com a interpretação de célebres temas do cancioneiro português, como Maria Faia, de José Afonso.

Na intervenção com que encerrou o comício, Jerónimo de Sousa apelou a que, no ciclo eleitoral que agora se inicia, se dê «mais força à CDU para avançar e não andar para trás». É esta, precisamente, a «opção decisiva» que está colocada nas eleições de domingo, que, por serem as primeiras, deverão ser o «início de um caminho de conquista e avanço da CDU para as outras batalhas que vêm a seguir», acrescentou.

O dirigente comunista resumiu em seguida a importância de as eleições de 26 de Maio resultarem em «mais deputados, mais votos e mais força à CDU»: para afirmar os direitos dos trabalhadores e o direito do País ao desenvolvimento; para levar para a frente a «solução dos problemas nacionais que permanecem adiados»; para dar resposta «a todos quantos aspiram a uma verdadeira mudança de política em Portugal e na Europa».

Escolher caminhos

A «jogar em casa» (é eleita na Assembleia Municipal de Guimarães), a dirigente do PEV Mariana Silva, apelou a todos e cada um dos activistas da coligação PCP-PEV para que levem ao «vizinho, ao amigo, ao familiar os argumentos, e são muitos, para que a votação na CDU seja reforçada. Bem perto da muralha que lembra que Aqui Nasceu Portugal, dizemos que o mais forte desses argumentos é que é necessário defender o País na União Europeia».

A candidata garantiu que no próximo domingo a escolha é, também, de «caminhos para o ambiente», destacando o incentivo à utilização de transporte público como «uma das condições para a mitigação das alterações climáticas e para a coesão territorial». Da parte da União Europeia, o que se pode esperar são avanços na privatização da água e mais apoios à agricultura super-intensiva.

A primeira intervenção da noite ficou a cargo de Deolinda Machado, independente, sindicalista, activista católica e membro da Coordenadora Nacional da CDU: «Não há impossíveis! Sabemo-lo bem pela luta diária e consequente que fazemos, alicerçada nos princípios e valores que nos unem», afirmou.

Valorizar o mundo rural

Antes do comício, na sua passagem por Fafe, Jerónimo de Sousa visitou as Feiras Francas, umas das mais concorridas do Minho. O dirigente comunista contactou com produtores e, em declarações à comunicação social, chamou a atenção para a necessidade de valorizar o mundo rural e a produção familiar. A este propósito, garantiu, o que se exige da UE não é a resolução dos problemas mas que, ao contrário do que tem feito até aqui, não a impeça.