Exaltante expressão do ideal e do projecto comunista
«Esta festa do nosso glorioso Avante!, do nosso glorioso Partido, é a maior, a mais extraordinária, a mais entusiástica, a mais fraternal e humana, realizada no nosso país». Assim caracterizou Álvaro Cunhal em 1976 a primeira Festa do Avante!. Assim a podemos continuar a caracterizar, nesta sua quadragésima segunda edição, para incómodo dos que, desde há muito, a atacam com mentiras, calúnias e silêncios.
Desenganem-se! Pois, como podem constatar, a Festa do Avante! está bem viva e continua a afirmar-se como poderosa e exaltante expressão do ideal e do projecto comunista.
A Festa do Avante! é a festa do jornal que lhe dá o nome, o órgão central do PCP, que na sua longa história de 87 anos de vida desempenhou e desempenha um papel ímpar ao serviço dos trabalhadores, do povo e do País. Um jornal que é preciso continuar a promover, divulgar e vender.
A Festa do Avante! é a festa dos valores de Abril, da soberania e independência nacionais. É a festa que dá projecção à luta que o PCP, os trabalhadores e o povo travam pela defesa, reposição e conquista de direitos e rendimentos, pela ruptura com a política de direita e por uma política alternativa patriótica e de esquerda que assegure o desenvolvimento soberano do País, por uma democracia avançada com os valores de Abril no futuro de Portugal, pelo socialismo e o comunismo.
Esta é a Festa que comemora os 200 anos do nascimento de Karl Marx sob o lema «Legado, intervenção e luta. Transformar o mundo» com o fantástico concerto «em louvor do Homem» e com uma grande exposição sobre o tema «Capitalismo – a história não termina aqui. Socialismo é o futuro».
Esta é a festa da solidariedade internacionalista com os partidos comunistas, operários e as forças progressistas vindas dos quatro cantos do mundo e com a luta dos seus povos.
Saudamos as organizações e os militantes do PCP e da JCP cuja militância, ergueu, promoveu, divulgou e faz funcionar esta Festa, numa dinâmica colectiva exemplar. E saudamos igualmente todos os amigos do PCP e da Festa pelo seu inestimável e generoso contributo.
E, por mais que outros, nas chamadas rentrées, se ponham, em bicos de pés, a gritar que não há festa como a sua, nós respondemos que quando se diz «não há Festa como esta» é da festa do Avante! que estamos a falar. Até porque só não há festa como esta, porque não há partido como este, o Partido Comunista Português.
Construtores e apoiantes
Saúdo todos os visitantes da Festa, os militantes do PCP e da JCP, mas também os nossos companheiros na CDU, membros de outras forças políticas, democratas e patriotas sem filiação partidária e os milhares de jovens que com o seu trabalho ou simples presença, a sua alegria de viver e de lutar, fazem desta Festa, a festa da juventude, a festa do futuro.
Daqui dirigimos uma saudação e um agradecimento às diversas entidades públicas e privadas que, com o seu apoio, contribuíram para o funcionamento e o êxito da Festa.
À Fertagus e Sul Fertagus; Transportes Sul do Tejo; Amarsul; centenas de associações, colectividades e federações desportivas; Núcleo de Física do Instituto Superior Técnico; Federação dos Bombeiros do distrito de Setúbal e às corporações de Bombeiros Mistos do Concelho do Seixal, Bombeiros Mistos da Amora, Sul e Sueste e Salvação Pública do Barreiro, Cacilhas, Algueirão – Mem Martins e Sacavém; Guarda Nacional Republicana e Polícia de Segurança Publica; juntas de freguesia dos concelhos do Seixal e Almada, entre muitas outras; às câmaras municipais da Área Metropolitana de Lisboa – de Almada, Lisboa, Loures, Moita, Palmela, Sesimbra, Setúbal e, de forma particular, à Câmara Municipal do Seixal, município que acolhe a Festa; à Freshwater, ao Amora Futebol Clube e a todos os vizinhos da Festa e a toda a população da Amora, com quem partilhámos estes três dias de convívio e de Festa.
Solidariedade recíproca
E, claro, uma saudação muito especial para os nossos convidados estrangeiros, camaradas e companheiros de luta que, em representação de partidos comunistas e outras organizações progressistas, nos trouxeram com a sua solidariedade internacionalista notícias das lutas travadas pelos seus militantes e pelos seus povos – camaradas e companheiros de luta vindos da: Alemanha, Angola, Argentina, Barain, Bélgica, Bielorrússia, Bolívia, Brasil, Cabo Verde, República Checa, Chile, China, Chipre, Colômbia, República Popular Democrática da Coreia, Cuba, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos da América, França, Grécia, Guiné-Bissau, Holanda, Índia, Irão, Irlanda, Itália, Japão, Laos, Líbano, Marrocos, Moçambique, Nicarágua, Palestina, Perú, Reino Unido, Rússia, Saara Ocidental, São Tomé e Príncipe, Suíça, Timor Leste, Turquia, Ucrânia, Venezuela e Vietname.
A todos estes camaradas e companheiros de luta – e aos muitos que não podendo estar presentes nos enviaram saudações – manifestamos a solidariedade dos comunistas portugueses com as lutas que travam nos seus países.
Raízes profundas
Termino reafirmando as palavras, cheias de actualidade, de Álvaro Cunhal na Festa de 1976, quando sublinhou que: «Esta Festa, testemunho vivo dos objectivos de luta do nosso Partido, é também testemunho das profundas raízes do nosso Partido na classe operária, nas massas populares, na juventude».
Com tais raízes, fonte essencial da força do PCP, no próximo ano cá estaremos, com redobrada alegria e inabalável confiança no futuro.