O Norte precisa do trabalho e da competência da CDU
FAZER A DIFERENÇA Jerónimo de Sousa regressou na segunda-feira, 25, ao Norte do País, nomeadamente ao Porto, Gondomar e Braga. Nas várias iniciativas afirmou-se que a única alternativa para combater as gestões de direita é votar na CDU.
É à CDU que os eleitores devem confiar o seu voto
A primeira etapa do dia foi no Porto, numa grande arruada que partiu da Avenida dos Aliados. Ao ritmo dos bombos do Grupo de Bombeiros de Santa Cruz do Pau e marcada pelas palavras de ordem dos activistas da CDU e as muitas bandeiras ao alto, a arruada subiu pouco a pouco a Rua 31 de Janeiro.
Muitos foram os cumprimentos e as trocas de palavras de apoio dirigidas a Jerónimo de Sousa e aos candidatos da CDU, designadamente a Ilda Figueiredo. Cumprimentos que não só se faziam nas ruas mas também das janelas e das portas das lojas a que correram muitos para ver o que se passava e que depois ficaram, contagiados pela arruada vibrante, e para não perder a hipótese de cumprimentar Jerónimo de Sousa.
No final, a meio da Rua de Santa Catarina, subiram ao palco Ilda Figueiredo e Rui Sá, respectivamente cabeças-de-lista à Câmara e Assembleia municipais do Porto, José Luís Ferreira, do PEV, e o Secretário-geral do PCP.
Ilda Figueiredo, primeira a falar, sublinhou as políticas nefastas seguidas na cidade nos últimos quatro anos, protagonizadas a meias por Rui Moreira e os eleitos do PS e PSD, esses que agora dizem ser oposição mas criticam um mandato para o qual contribuíram imenso. É o caso das sucessivas privatizações, do aumento do estacionamento pago para a «caça ao euro», do aumento das rendas municipais, de uma política de habitação que tem empurrado a população para fora da cidade e da inação perante o turismo desenfreado. Para reverter isto só há uma alternativa, o voto na CDU.
Seguiu-se José Luís Ferreira, dirigente do PEV, que questionou a pretensa independência de algumas candidaturas que não são, como a realidade o comprova, independentes dos interesses do grande capital e da especulação imobiliária. Lembrou ainda que o PS, que diz ser pelo poder local, continua amarrado a constrangimentos que impedem uma verdadeira política de esquerda, como o CETA, acordo transnacional que põe os interesses das multinacionais à frente das autarquias e do qual o PS é a favor, perfeitamente sintonizado com os partidos de direita.
Já Jerónimo de Sousa enfatizou que «há muito para fazer nos cinco dias até às eleições», apelando a mais esforços para que «todos os votos contem» pois «nada está decidido» e lembrando que cabe a cada um de nós, não só aos candidatos, transmitir a mensagem de que os candidatos da CDU são aqueles que se pautam por «servir os interesses da população do Porto e não si próprios».
Jerónimo de Sousa fez ainda questão de relembrar que os avanços que sentimos hoje no plano nacional, de reposição de rendimentos e direitos, não seriam possíveis só com o PS, pois nem do seu programa eleitoral constavam. Trata-se de medidas que «têm a assinatura do PCP» e, portanto, é na CDU que os eleitores devem confiar o seu voto, reafirmando que a continuidade do trabalho da CDU é factor essencial para a resolução dos problemas das populações. «O voto é sempre útil para quem o recebe, mas também serve a quem vota na força que melhor defende a sua luta» rematou Jerónimo de Sousa.
Arruada em Gondomar evidencia crescimento da CDU
Jerónimo de Sousa deslocou-se a Gondomar no final de tarde de segunda-feira. Numa arruada composta por bem mais de 100 pessoas, o Secretário-geral do PCP percorreu as ruas com os candidatos da CDU ao encontro da população e comerciantes num evidente ambiente de entusiasmo e confiança. No fim houve breves intervenções do dirigente comunista, de Pedro Miguel Vieira, candidato à União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova, e Daniel Vieira, actual presidente da última e cabeça-de-lista à Câmara de Gondomar.
Pedro Miguel Vieira mostrou-se confiante em que existem condições para fazer história nestas eleições autárquicas. O candidato marcou como principais objectivos a manutenção da gestão CDU à frente da União de Freguesias e a possibilidade de um forte reforço da CDU na Câmara de Gondomar como consequência do «bom trabalho feito aqui» mas também pelo reconhecimento da CDU como a «única alternativa real para o concelho».
Já Daniel Vieira falou do passado e do futuro. Do passado para recordar a experiência que foi ganhar há quatro anos a presidência da União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova contra todas as expectativas. Lembrou ainda que a dita União não partiu da população mas foi imposta pelo governo PSD/CDS à revelia das pessoas e com o propósito de fragilizar a CDU. «Intenção essa que saiu furada» disse Daniel. A CDU não só voltou a ganhar como também saiu reforçada, garantiu agora que está preparada para assumir todas as responsabilidades que Gondomar lhe queira dar no futuro.
«Não há tarefas impossíveis» – palavras de Jerónimo de Sousa, que na sua intervenção no final da arruada referiu a enorme confiança transmitida nas ruas e lembrou que é fundamental que «ninguém descanse no bom ambiente» e que «é importante lutar pelo voto» para concretizar o resultado esperado, certamente bom devido à força e esperança que sentiu nas ruas em apoio à CDU.
Prosseguir em Braga a acção ímpar de crítica e proposta
A última iniciativa de segunda-feira, 25, foi em Braga, no Conservatório de Música Calouste Gulbenkian, cujo auditório recebeu o comício da CDU. Largas centenas de apoiantes da coligação lotaram completamente o espaço, a tal ponto de as cadeiras, preenchidas na totalidade, terem sido, para muitos, substituídas pelos degraus. No início houve um momento musical a cargo dos «Cavaquinhos com Tradição».
Carla Cruz, primeira candidata à Assembleia Municipal de Braga e também deputada na Assembleia da República, abriu o comício destacando o trabalho desenvolvido pela CDU no último mandato, que considerou ser ímpar tanto na crítica como na apresentação de propostas para resolver os muitos problemas existentes do concelho. A candidata criticou ainda a postura dos outros candidatos, que alegam ter uma «postura isenta» mas que, na prática, demonstram precisamente o contrário, pois «têm votado propostas e medidas que são contrárias aos interesses dos que os elegeram».
Também Carlos Almeida, primeiro candidato da CDU à Câmara Municipal de Braga, foi incisivo nas suas críticas à actual gestão do município, que considerou muito aquém das expectativas de mudança criadas. Frisou ainda as várias promessas que a direita não cumpriu nestes quatro anos. O candidato da CDU realçou que, no entanto, só mudaram os figurantes pois os problemas persistiram de igual forma: a submissão a interesses privados, as privatizações e a ruinosa exploração do estacionamento público, entre outras matérias, levam Carlos Almeida a considerar urgente «uma mudança a sério nas políticas municipais», e da qual a CDU é parte imprescindível, alicerçada no muito trabalho autárquico feito e que «ninguém o pode desmentir», afirmou.
Que ninguém falte
Já a Jerónimo de Sousa coube encerrar o comício e o dia de campanha. Na sua intervenção salientou a necessidade de reforçar a CDU nas eleições autárquicas, não só pelo «projecto autárquico alternativo e o valioso trabalho dos eleitos da CDU» mas também pela importância do reforço da coligação para «fazer avançar a política de recuperação e conquista de direitos retirados aos trabalhadores e ao povo nos últimos anos».
Esta recuperação, «não sendo o que é justo e se impõe», representa avanços palpáveis e com impacto positivo na vida das pessoas e na economia do País, acrescentou. «A economia está melhor porque os portugueses vivem um pouco melhor», afirmou o Secretário-geral do PCP, que elencou diversas reivindicações imediatas, entre elas, o aumento do Salário Mínimo Nacional para 600 euros já em Janeiro de 2018. Noutras questões exigiu mais esforços, como no combate à precariedade, também no sector privado – através do reforço dos poderes e meios da Autoridade para as Condições de Trabalho –, mas também uma maior atenção às mulheres, que são quem mais sofre com a precariedade e a discriminação no trabalho.
Jerónimo de Sousa valorizou ainda os muitos jovens candidatos nas listas da CDU, muitos sem filiação partidária, mas que se revêem no projecto da coligação que une comunistas, ecologistas e democratas independentes. Com a sua «irreverência e energia», sublinhou, têm sido fundamentais.
O dirigente comunista apelou ainda a que se intensifique a campanha de contacto e esclarecimento, nos «escassos dias de campanha pela frente», de modo a garantir que «ninguém falte com o seu voto na CDU». Até domingo, concluiu, é preciso continuar a trabalhar para que «nenhum se voto se perca» porque «a CDU vale a pena!».