Ultrapassar o silenciamento e a ilegalidade
CAMPANHA A CDU afirma os seus programas e candidatos em todo o País enfrentando o silenciamento de alguns órgãos de comunicação social e as ilegalidades cometidas por outras candidaturas.
A discriminação da CDU em Lisboa é inadmissível
LUSA
Tal como sucedeu, por exemplo, em Odivelas (como o Avante! noticiou na semana passada), também a candidatura da CDU ao município de Lisboa foi apagada das reportagens emitidas nos noticiários da noite da TVI e da RTP, no passado dia 20, relativas às eleições autárquicas na cidade. Nos protestos enviados aos directores das estações, ao ministro da tutela, ao presidente da Entidade Reguladora da Comunicação Social e à Comissão Nacional de Eleições pelo mandatário eleitoral da coligação, Gonçalo Tomé, garante-se que o apagamento da CDU «viola todos os princípios e normas exigíveis impostas pela legislação eleitoral, designadamente o respeito pelo princípio da igualdade de tratamento».
A CDU, recorda-se nas missivas, foi a terceira força mais votada na capital nas eleições autárquicas de 2013, razão pela qual o mandatário não compreende por que razão não se deu à sua candidatura a oportunidade de, como outras, expressar as suas propostas. Lembrando a constante disponibilidade da CDU para «esclarecimentos diários de agenda ou programação da sua campanha» e a informação que sempre presta acerca das suas acções e iniciativas diárias, Gonçalo Tomé garante que em nenhum momento a CDU foi informada de que tais reportagens iriam ser feitas e muito menos contactada para nelas participar.
O mandatário acrescenta ainda que o facto de a CDU e o seu candidato terem sido excluídos consubstancia uma «discriminação inadmissível e intolerável, que visa desfavorecer e prejudicar a sua candidatura e favorecer, de forma inequívoca, outras». A CDU informa que accionará os meios legais ao seu alcance para responsabilizar os responsáveis pelas reportagens.
Ilegalidade e desespero
No Barreiro, a Coordenadora Concelhia da CDU emitiu um comunicado no qual «repudia a acção de campanha ilegal» por parte do PS. Em causa estão as queixas de diversos cidadãos do Barreiro e mesmo de concelhos limítrofes relativamente às chamadas telefónicas que receberam, nas quais o interlocutor se identificava como sendo do PS do Barreiro e que dizia pretender fazer um inquérito. Os acontecimentos ocorreram no dia 25 de Setembro, data em que foi divulgada a nota.
A agravar a situação, denuncia a CDU, várias chamadas foram feitas para números de serviço de trabalhadores do município, tendo sido confirmado posteriormente que o número de onde foram efectuadas pertence a uma empresa de telemarketing. As perguntas efectuadas são «falaciosas, alusivas à propaganda do Partido Socialista no concelho, referindo uma suposta sondagem», acrescenta ainda a Coordenadora Concelhia da coligação PCP-PEV.
A CDU recorda ainda que a propaganda comercial é ilegal à luz da lei eleitoral e que as sondagens só podem ser efectuadas por empresas certificadas. Realçando que em política «não vale tudo», a CDU informa que já deu conhecimento do sucedido à Comissão Nacional de Eleições e manifesta a sua confiança no descernimento da população do Barreiro para decidir do seu futuro em consciência.