«Quanto mais avan­çamos na cam­panha, maior é o apoio à CDU»: esta é uma das ideias cen­trais cons­tantes na de­cla­ração po­lí­tica da can­di­da­tura da CDU ao con­celho de Loures, apre­sen­tada no dia 21 por Ber­nar­dino So­ares. O ac­tual pre­si­dente da Câ­mara Mu­ni­cipal, re­can­di­dato a um novo man­dato pela Co­li­gação, ga­rantiu ser «cada vez mais amplo o aco­lhi­mento do tra­balho re­a­li­zado nestes quatro anos e, ao mesmo tempo, do pro­jecto e das pro­postas» para o fu­turo.

Se este apoio cres­cente à CDU já se tinha ve­ri­fi­cado na «enorme am­pli­tude» com que se cons­ti­tuíram as listas e na «quan­ti­dade e di­ver­si­dade» dos apoi­antes, su­bli­nhou Ber­nar­dino So­ares, a cam­panha elei­toral só veio alargá-lo. Ora, para o can­di­dato, a esta con­fi­ança que se alarga tem de cor­res­ponder uma «mai­oria re­for­çada e o re­forço das nossas po­si­ções na Câ­mara, As­sem­bleia Mu­ni­cipal e fre­gue­sias», pois só assim se ga­rante o fu­turo do con­celho com o tra­balho da CDU.

Na base desta con­clusão está a evi­dente au­sência de con­di­ções por parte das prin­ci­pais can­di­da­turas opo­si­toras de apre­sen­tarem uma «al­ter­na­tiva cre­dível». Pelo con­trário, su­bli­nhou o can­di­dato, o que o seu es­tilo e afir­ma­ções deixam trans­pa­recer é o de­sejo de pro­mover e ins­ta­bi­li­dade e o boi­cote ao fun­ci­o­na­mento do mu­ni­cípio após as elei­ções.

Não trocar o certo pelo in­certo
O que ver­da­dei­ra­mente está em causa nas elei­ções do pró­ximo do­mingo é, para Ber­nar­dino So­ares, saber «se ha­verá con­di­ções para uma gestão es­tável e para a con­ti­nui­dade dos pro­jectos lan­çados pela CDU», ou se, pelo con­trário, o apoio que a po­pu­lação se­gu­ra­mente lhe dará «pode vir a ser frus­trado, após as elei­ções, pelo po­si­ci­o­na­mento das ou­tras forças po­lí­ticas».

Há quatro anos, lem­brou, a vi­tória da CDU foi «jus­ta­mente apro­priada» pela ge­ne­ra­li­dade do povo do con­celho, que a viu como um «in­dis­pen­sável virar de pá­gina e um factor de es­pe­rança». É, assim, «che­gado o tempo de todos esses e dos muitos mais que en­tre­tanto com­pro­varam a qua­li­dade do nosso tra­balho, re­for­çarem a vo­tação na CDU e afas­tarem uma si­tu­ação em que à nossa vi­tória não ve­nham a cor­res­ponder as con­di­ções para le­gi­ti­ma­mente de­sen­vol­vermos o nosso tra­balho», ad­vertiu o ac­tual pre­si­dente da Câ­mara Mu­ni­cipal.

Ber­nar­dino So­ares apelou ainda aos mu­ní­cipes para que não tro­quem o certo pelo in­certo, ou seja, não per­mitam uma si­tu­ação em que o re­sul­tado da vo­tação possa vir a ser des­res­pei­tado pelos que querem a «ins­ta­bi­li­dade e a con­fusão».