Marcada greve na Petrogal

Por direitos e melhor distribuição da riqueza, está convocada a greve decidida nos plenários de finais de Abril, nas refinarias da Petrogal e outros locais de trabalho.

O pré-aviso foi entregue na semana passada pela Fiequimetal/CGTP-IN (Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Eléctricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas) e abrange todos os trabalhadores da Petrogal, da Gás de Portugal e das restantes empresas do Grupo Galp Energia, bem como de todas as empresas que prestam serviço nas instalações da Petrogal.

A paralisação tem início às zero horas de dia 19, terça-feira, e termina às 24 horas de dia 22, sexta-feira, para os trabalhadores da Petrogal na refinaria de Sines. Para os trabalhadores da Petrogal na refinaria do Porto, a greve começa às 6 horas de dia 21, quinta-feira, e termina às 6 horas de sábado, dia 23. Todos os outros trabalhadores da Petrogal e das restantes empresas fazem greve das zero às 24 horas de dia 22.

Nos plenários, como se refere no comunicado que a federação e os sindicatos distribuíram nas empresas, viu-se protesto, repúdio e indignação perante os enormes lucros do grupo e a abundante remuneração dos conselhos de administração, enquanto estes continuam a recusar aumentar os salários dos trabalhadores e persistem em pretender aniquilar direitos conquistados com muita luta.

É considerado totalmente inaceitável que a administração despreze o direito à negociação e actualização dos salários daqueles que criam a riqueza, quando se sabe que a Galp Energia, onde a Petrogal assume um peso determinante, só nos últimos quatro anos, acumulou 1294 milhões de euros de lucros e distribuiu aos accionistas 892 milhões de euros de dividendos, o que representa um aumento de 20 por cento em cada ano.

No pré-aviso são indicados, como objectivos da greve: defesa da contratação colectiva e dos direitos nela consagrados; aumento dos salários e melhor distribuição da riqueza produzida pelos trabalhadores; contra a redução e eliminação de prestações pecuniárias; contra a eliminação de direitos específicos dos trabalhadores de turnos; contra a desregulação e o aumento dos horários (incluindo o «banco de horas», que visa pôr os trabalhadores a trabalhar mais, por menos salário); pelo pagamento do prémio de resultados a todos os trabalhadores das empresas abrangidas numa comunicação da administração, a 22 de Janeiro; defesa dos regimes de reformas e de saúde e outros benefícios sociais, alcançados pela luta dos trabalhadores ao longo de muitos anos de trabalho e de riqueza produzida.

 



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