No dia 8, numa iniciativa pública em Lisboa, que incluiu a inauguração de uma exposição «Por um futuro digno», entre outras actividades de esclarecimento e luta, a Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública reivindicou um aumento de 3,7 por cento para as pensões dos aposentados e exigiu a correcção das injustiças geradas pelas «reformas doiradas».
A jornada, promovida pela Comissão de Aposentados da Frente Comum, teve lugar junto ao arco da Rua Augusta, ao fim da manhã, e contou com a intervenção de Ana Avoila. A coordenadora da Frente Comum, ao defender o aumento das pensões dos aposentados da Administração Pública, lembrou que, na grande maioria dos casos (excepto uma ou outra pensão mínima), as pensões estão sem qualquer aumento há mais de dez anos.
«As pensões têm perdido muito», salientou a dirigente, citada pela agência Lusa. Ana Avoila defendeu que «não faz sentido haver pensões “doiradas” em detrimento das de quem descontou uma vida inteira e que devia ter uma pensão digna, de acordo com aquilo que contribuiu durante a sua vida activa».
Faltando escassos meses para as eleições legislativas, a dirigente da Frente Comum e da CGTP-IN observou que o momento é de avaliação e o balanço é negativo, para trabalhadores, pensionistas e população em geral, porque «toda a gente perdeu». Ana Avoila anunciou que, em Setembro, as propostas da Frente Comum sobre as áreas sociais, incluindo a saúde e a resposta aos problemas da terceira idade, constarão de um manifesto público que vai ser dirigido às forças políticas e candidatos.
Ao defender novos ataques legislativos a direitos fundamentais dos trabalhadores, o Banco de Portugal reflecte os interesses dos grandes grupos económicos e age como «lebre» da política de direita.
Mais de três dezenas de organizações representativas de trabalhadores e de utentes apelam à realização de uma marcha contra as privatizações de empresas de transportes, no dia 21, em Lisboa.
A CGTP-IN «não aceita a redução das receitas próprias da Segurança Social contributiva e considera que os governos não podem a livre arbítrio mexer nas contribuições sociais».
A greve de professores de outras disciplinas ao serviço de vigilância da prova escrita do exame PET, no dia 6, somou-se ao protesto dos docentes de Inglês e o próprio MEC mostrou que os efeitos da resistência fazem-se sentir.