Municipalização suscita rejeição e alerta

Manifestar «intransigente oposição à municipalização/descentralização que este ou outros governos pretendam concretizar e que tenha por objectivo a subversão dos princípios constitucionais fundamentais que devem orientar as funções sociais do Estado» é o primeiro ponto deliberativo da resolução saída do encontro nacional «Contra a municipalização, em defesa das funções sociais do Estado», que a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais realizou a 29 de Abril, na Casa do Alentejo, em Lisboa.

Na reunião, em que participaram cerca de 150 dirigentes sindicais, incluindo o Secretário-geral da CGTP-IN, Arménio Carlos, foi analisado o processo de transferência de responsabilidades da Administração Central para os municípios, posto em marcha pelo actual Governo, que mostrou as suas intenções em instrumentos estratégicos, como o «Guião para a reforma do Estado» ou o Decreto-Lei nº 30/2015 (12 de Fevereiro).

Os participantes no encontro debruçaram-se igualmente sobre as medidas adiantadas pelo PS, que «substancialmente mantêm o plano em curso, executado pelo actual Governo, em nome do grande capital».

O documento «Uma década para Portugal», como se afirma na resolução do encontro, «em nada trava e inverte a estratégia e respectivas medidas do actual Governo, em termos gerais e, em particular, no que se refere à desresponsabilização do Estado central, através da desconcentração das suas responsabilidades para os municípios». «Nada do que é proposto pelo PS, de substancial, é diferente do plasmado nas várias decisões legais aprovadas pelo actual Governo, nesta “municipalização” que mais não é do que uma forma encapotada de destruir a Administração Central», acusa-se no documento.

 



Mais artigos de: Trabalhadores

Banco do capital

Ao defender novos ataques legislativos a direitos fundamentais dos trabalhadores, o Banco de Portugal reflecte os interesses dos grandes grupos económicos e age como «lebre» da política de direita.

Marchar para travar o crime

Mais de três dezenas de organizações representativas de trabalhadores e de utentes apelam à realização de uma marcha contra as privatizações de empresas de transportes, no dia 21, em Lisboa.

Rejeitados cortes na TSU

A CGTP-IN «não aceita a redução das receitas próprias da Segurança Social contributiva e considera que os governos não podem a livre arbítrio mexer nas contribuições sociais».

Cambridge com resistência

A greve de professores de outras disciplinas ao serviço de vigilância da prova escrita do exame PET, no dia 6, somou-se ao protesto dos docentes de Inglês e o próprio MEC mostrou que os efeitos da resistência fazem-se sentir.

Unidade contra privatizações

Hoje, quinta-feira, 14, os trabalhadores da Carris estão em greve, em protesto contra a subconcessão da empresa. O Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal, da Fectrans/CGTP-IN, que convocou a paralisação, promove também, às 7.30...

Marcada greve na Petrogal

Por direitos e melhor distribuição da riqueza, está convocada a greve decidida nos plenários de finais de Abril, nas refinarias da Petrogal e outros locais de trabalho. O pré-aviso foi entregue na semana passada pela Fiequimetal/CGTP-IN (Federação Intersindical das...

Alarme em Portimão

Dos 28 profissionais de saúde do Hospital de Portimão que tiveram contacto não protegido com um utente com tuberculose activa, em Setembro de 2014, ficaram infectados cinco enfermeiros e dois assistentes operacionais. A informação foi avançada anteontem, Dia Internacional do...

INE mostra mais desemprego

Os números divulgados pelo INE no dia 6, relativos aos primeiros três meses de 2015, «mostram um aumento do desemprego e uma queda do emprego pelo segundo trimestre consecutivo, o que revela que, ao contrário do que o Governo vem apregoando, a economia continua a não gerar emprego e a...

EPE na Suíça

Os professores do Ensino Português no Estrangeiro vão fazer greve na Suíça, no dia 23, exigindo a reposição do nível salarial, que sofreu perdas estimadas em 20 por cento, devido à decisão de cotar a moeda helvética em paridade com o euro. A luta foi...