Em greve
No dia 1, quarta-feira, o Bingo do Ginásio Clube do Sul não abriu as portas, porque os seus cerca de 30 trabalhadores fizeram greve. Como informou o Sindicato da Hotelaria do Sul, da Fesaht/CGTP-IN, há um ano que os salários vêm a ser pagos em parcelas, situação que se tornou insustentável para os trabalhadores e suas famílias.
Depois de apresentado o pré-aviso de greve, a exigir o pagamento a tempo e horas, dois dos trabalhadores receberam cartas de rescisão dos contratos, o que foi considerado pelo sindicato como uma retaliação patronal, para procurar pressionar os outros a não aderirem à luta.
Os trabalhadores em greve mantiveram-se concentrados à porta da sala de bingo, durante várias horas. Maria das Dores Gomes, dirigente do sindicato, citada pela agência Lusa, explicou que «os trabalhadores temem pelo seu futuro e não percebem o que se passa, dado que o bingo continua a ter muita clientela». Numa nota à comunicação social, o sindicato referiu que a concessão daquela sala de jogo é uma das nove (num total de 16) que a empresa espanhola Pefaco está a adquirir em Portugal.
No dia 2, quinta-feira, fizeram greve cerca de 80 por cento dos trabalhadores da ITAU no refeitório da TAP, em Lisboa, exigindo aumentos salariais e contestando o trabalho gratuito nos feriados. Algumas dezenas de trabalhadores concentraram-se, de manhã, no exterior das instalações, onde o Sindicato da Hotelaria do Sul organizou uma distribuição de informação aos utentes.
A greve nos hotéis Tivoli, convocada para sexta-feira Santa, dia 3, foi suspensa pelo sindicato ao final da tarde de dia 2.