Caminhada no Funchal
Dirigentes e activistas sindicais e outros trabalhadores da hotelaria fizeram no sábado, dia 4, durante a manhã, uma caminhada de protesto, que começou junto ao Forum Madeira, parou junto a vários hotéis da zona oeste, em direcção ao centro do Funchal, até à secretaria regional da Cultura, Turismo e Transportes. No percurso, foram distribuídos comunicados em português, inglês e alemão.
Esta foi a mais recente acção pública, promovida pelo Sindicato da Hotelaria da RA da Madeira, em defesa do contrato colectivo de trabalho e de aumentos salariais. Uma greve está já convocada para dias 18 e 19 de Abril, um fim-de-semana que coincide com o período da Festa da Flor.
Leonel Nunes, dirigente do sindicato, disse à agência Lusa, no início da caminhada, que é chocante ver todos os dias boas notícias sobre as taxas de ocupação dos hotéis e as receitas das empresas, como sucedeu na Páscoa e como está confirmado para a Festa da Flor, enquanto os salários não são aumentados e a associação patronal ACIF pretende inscrever no contrato colectivo que os trabalhadores poderão fazer jornadas de 12 horas e a semana de trabalho poderá ir até 60 horas, com cortes brutais no pagamento dos feriados e do dia de Natal.
O Governo regional, através daquela secretaria, foi acusado de ter ficado até agora ausente desta negociação. Para hoje, dia 9, está marcada a primeira reunião da fase de conciliação, requerida pelo sindicato.