Famílias especiais...
Registada pela bancada comunista foi a referência do ministro da Economia segundo o qual o Governo tem «feito muito» pelo rendimento das famílias. Alguma ponta de verdade haverá, admitiu o deputado comunista Bruno Dia. Mas apenas na parte que diz respeito a «famílias como a família Amorim, a família Soares dos Santos, a família Azevedo da Sonae, até a família Espírito Santo, que certamente não se queixarão daquilo que o Governo tem feito» e de «outras famílias que não têm rosto e que estão por detrás de empresas como a Goldman Sachs, Deutch Bank e companhia». Só mesmo essas é que não terão razão de queixa, insistiu, já que para a «imensa maioria das famílias, para a imensa maioria do povo», outro galo canta.
É aliás o que mostra a política de privatizações, que este Governo acelerou, com a retirada de recursos fundamentais ao País em lucros e dividendos levada a cabo por quem comprou acções de empresas estratégicas como a REN, a EDP, os CTT, entre tantas outras.
E acusou o Governo de querer fazer à EMEF o que foi feito à Sorefame – vender a um privado, que depois encerrou a porta da empresa e mandou as pessoas para o desemprego – e de querer repetir o mesmo com a TAP.
Para o deputado comunista, estes são exemplos concretos que evidenciam a necessidade de travar as privatizações.