Reforçar a organização e intervenção do Partido

Prioridade às empresas

A resolução do Comité Central «Mais organização, mais intervenção, maior influência – Um PCP mais forte», aprovada em Dezembro, aponta as linhas para o reforço do Partido.

O reforço da organização e intervenção nas empresas é prioritário

«Dar prioridade ao reforço da organização e intervenção do Partido junto da classe operária e dos trabalhadores, nas empresas e locais de trabalho, promovendo uma avaliação geral da situação no plano regional, concelhio e sectorial. Tomar medidas urgentes para concretizar esta tarefa prioritária e crucial, reforçando as células que já existem, garantindo o seu funcionamento regular e a sua intervenção política e de massas e criando novas células, tendo sempre em vista o esclarecimento, a unidade, a organização, a elevação da consciência de classe, a mobilização e o desenvolvimento da luta dos trabalhadores» – pode ler-se no ponto 3.1. daquela resolução, parte da orientação mais geral de «Dar força à luta de massas e à intervenção política, estruturar a organização e melhorar o seu funcionamento».
É precisamente isto que está a procurar fazer – com êxito, diga-se – a célula do Partido na Amarsul, que editou este mês o primeiro número do seu boletim, intitulado «O Intervir». No editorial adianta-se que este novo órgão do Partido visa o esclarecimento dos trabalhadores da empresa para, assim, contribuir para a sua mobilização para a luta, que, precisa-se no texto, é o «caminho seguro para a derrota da política de direita e para a construção da alternativa patriótica e de esquerda». Em diversos artigos são adiantadas razões para se rejeitar a privatização da Amarsul («embrulhada» na alienação da EGF, já em marcha), que vão da mais que previsível degradação da qualidade do serviço ao aumento do seu preço, passando pelos riscos de serem postos em causa postos de trabalho e direitos consagrados.
O boletim da Organização do PCP para os trabalhadores em empresas de vigilância na Península de Setúbal, por seu turno, tem o título de «Unidade» e o primeiro número começou a ser distribuído no mês de Março. Trata-se, garante-se no editorial, de «uma voz de trabalhadores deste sector para os trabalhadores deste sector, uma voz empenhada no seu esclarecimento e unidade». Nos restantes artigos denuncia-se o roubo nos salários, as condições desumanas de prestação do serviço e a destruição de postos de trabalho.

Defender direitos

A célula do PCP na Transportes Sul do Tejo/TST valoriza, num comunicado recente, a «poderosa e demonstrativa» resposta dada pelos trabalhadores da empresa à «arrogância e prepotência» da administração: nos dias 28 de Março e 2 de Abril, em duas jornadas de greve, demonstraram a sua unidade e determinação em defender os seus direitos.
A célula comunista lembra, a propósito, que a TST recebe anualmente milhões de euros de indemnizações compensatórias e apoios à exploração e que nem por isso deixa de alegar «dificuldades económicas» para exercer pressão sobre os trabalhadores visando a degradação dos seus salários e direitos. Entre 2007 e 2012, a empresa terá obtido resultados líquidos de quase 10 milhões de euros.
Em Sintra, a Comissão Concelhia do PCP distribuiu um comunicado aos trabalhadores do município saudando-os pela sua «corajosa luta» em defesa dos seus postos de trabalho, remunerações, direitos e condições de trabalho, bem como da prestação de serviços públicos de qualidade para a população. O PCP valorizou particularmente a luta dos trabalhadores da HPEM na defesa de uma «internalização de serviços feita com a participação dos trabalhadores e das suas estruturas representativas», garantindo que ela responsabiliza a Câmara Municipal pela consagração contratual de direitos dos trabalhadores do município, tal como decorre da votação realizada em reunião de Câmara. O PCP garante que «não admitirá qualquer cenário que não salvaguarde estes princípios assumidos pelo órgão municipal».




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