Bruxelas evoca revolução

Cerca de meia centena de pessoas – militantes do PCP, amigos e outros democratas que partilham dos ideais de Abril – comemoraram os 40 anos da Revolução com um almoço-convívio que se estendeu pela tarde do passado domingo, dia 6, em Bruxelas. A comemoração contou com a participação do comandante da Marinha Henrique Mendonça, que iniciou a sua intervenção com uma citação de Vasco Gonçalves numa deslocação feita a Bruxelas, na qual foi mencionada a importância do contributo dos emigrantes portugueses, ainda que indirecto, para o 25 de Abril.
O militar de Abril lembrou as conquistas alcançadas com a Revolução, que garantiram o exercício das liberdades, o respeito dos povos à autodeterminação e à independência, os direitos de reunião, associação e expressão, o direito ao trabalho devidamente remunerado e dignificado, os direitos dos trabalhadores, os direitos das mulheres, o respeito pela maternidade.
Estabelecendo comparações com a realidade vivida hoje em Portugal, Henrique Mendonça lembrou que nos anos de 1974 e 1975 foram implementados o salário mínimo nacional (que duplicou e mesmo triplicou o rendimento de milhões de trabalhadores), o congelamento dos salários mais elevados, o aumento do abono de família (que passou a abranger mais de meio milhão de crianças), a duplicação dos valores das pensões sociais para os inválidos e para os maiores de 65 anos, a licença de parto e o alargamento do período de férias para 30 dias, passando a ser pagas. Também nessa altura, acrescentou, criou-se o subsídio de Natal e reduziu-se o horário de trabalho, enquanto o Serviço Nacional de Saúde passou a ser universal e gratuito.
Henrique Mendonça terminou a sua intervenção salientando a importância de defender e projectar os valores de Abril, o que mereceu o caloroso aplauso de todos os presentes, que rapidamente desaguou na histórica «Grândola, Vila Morena», cantada a uma só voz.




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