Muito por esclarecer
A Comissão parlamentar do Orçamento, Finanças e Administração Pública rejeitou dia 9 o requerimento do PCP para a audição da secretária de Estado do Tesouro sobre os contratos SWAP.
A audição de Isabel Castelo Branco em sede de comissão visava esclarecer os contratos de gestão de risco entre empresas públicas e o banco Santander, objectivo gorado pelo voto contra dos partidos da maioria governamental.
O que motivou a acesa crítica do deputado comunista Paulo Sá, que viu na posição de PSD e CDS-PP uma tentativa de impedir a revelação de detalhes do processo até ao momento não esclarecidos.
«Querem manter este assunto debaixo do tapete, nomeadamente, as consequências para as empresas públicas da suspensão do pagamento», acusou o parlamentar do PCP.
Esta iniciativa da bancada comunista surgiu após a resposta do Ministério do Finanças a uma pergunta sua sobre qual a evolução dos diversos contratos SWAP celebrados, a qual obteve como resposta que «as empresas de transportes (Carris, Metropolitano de Lisboa, Metro do Porto e Sociedade de Transportes Colectivos do Porto) arguiram a nulidade de todos os contratos SWAP», e que «deixaram de pagar os valores dos cupões associados a esses contratos a partir de Setembro de 2013», sem esclarecer as consequências desta opção.