Não às portagens na Via do Infante
A maioria PSD/CDS-PP voltou a chumbar uma proposta do PCP de abolição das portagens na Via do Infante. Esta foi a sexta diligência da bancada comunista para pôr fim a uma medida que teve «consequências desastrosas para a região algarvia», como referiu o deputado comunista Paulo Sá na sessão plenária de sexta-feira passada onde esteve ainda em debate uma petição sobre a matéria com cerca de 13 mil subscritores.
Detalhando o que têm sido os impactos negativos da sua introdução, lembrou o abalo na economia regional, as sérias dificuldades criadas às micro e pequenas empresas, o agravar do flagelo do desemprego, o contributo para a «degradação da imagem do Algarve como destino turístico», e o regresso forçado de milhares de utentes da Via do Infante ao calvário diário da EN 125.
A par do PS que pela voz de Rui Paulo Figueiredo pairou nas meias tintas, mostrando-se a favor da isenção mas contra normas revogatórias, e sempre falando em «soluções e abordagens diferenciadas», também o CDS-PP não escapou à incoerência, defendendo na AR o princípio do utilizador-pagador», enquanto no Algarve se mostra um intrépido opositor das portagens, como demonstrou Paulo Sá citando folhetos do partido de Portas e entrevistas do deputado Artur Rêgo à imprensa regional.
Daí que o deputado do PCP tenha acusado PS, PSD e CDS-PP de serem os responsáveis pela introdução de portagens na Via do Infante que vieram penalizar a economia regional e os utentes.