Por melhores cuidados de saúde
Anotada no decurso das Jornadas foi a degradação das condições de prestação de cuidados de saúde no Hospital do Barlavento Algarvio. Esse foi um facto registado com grande preocupação na reunião que os deputados comunistas tiveram com o executivo municipal de Silves.
Para esse panorama no capítulo da Saúde não é certamente alheio o subfinanciamento crónico a que as unidades de saúde estão sujeitas, que impede a realização de alguns investimentos, nomeadamente na aquisição de equipamentos para a realização de meios complementares de diagnóstico e terapêutica.
Esse foi um dos problemas identificados no encontro com o Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Algarve, a par da carência de profissionais de saúde, nomeadamente de médicos, bem como de enfermeiros (faltam 80) e de assistentes operacionais (faltam 60). O recurso à subcontratação de profissionais através de empresas de trabalho temporário, designadamente para assegurar serviços de urgências, é igualmente visto como um problema. Por conhecer está entretanto qualquer plano concreto sobre a reorganização de serviços decorrente da criação do Centro Hospitalar do Algarve, o que está a gerar uma grande instabilidade junto dos profissionais de saúde e dos utentes, segundo apuraram os deputados do PCP, que realçam a importância da construção do Hospital Central do Algarve para o reforço da prestação dos cuidados de saúde às populações.
Falta de profissionais de saúde, insuficiência de instalações, é, por outro lado, a realidade existente no Centro de Saúde de Vila Real de Santo António. Constatada pelos deputados do PCP foi também a dificuldade de articulação entre os cuidados de saúde primários e os cuidados hospitalares, circunstância evidenciada no número de utentes em lista de espera para a primeira consulta.
Notícias sobre o possível encerramento do Serviço de Urgência Básica (SUB) de Vila Real de Santo António são igualmente encaradas com preocupação.
Foi neste contexto que o PCP assumiu nas suas Jornadas o compromisso de continuar a exigir o financiamento necessário para que o Serviço Nacional de Saúde seja dotado de recursos materiais e humanos que permitam a prestação de cuidados de saúde com qualidade.