Uma afronta ao 25 de Abril
A eventual promoção do coronel Jaime Neves a major-general é «uma medida imprevidente e injustificada» e «não pode deixar de ser considerada uma afronta ao projecto libertador de Abril e aos que para ele deram uma contribuição convicta, audaz e empenhada», considera o PCP.
Numa nota ontem divulgada pelo Gabinete de Imprensa do Partido, considera-se que «esta promoção com carácter excepcional, cujo processo estará na fase final, encontrando-se já na Presidência da República para promulgação, fundamentada “em razões estritamente militares” e no “mérito e serviços prestados à pátria”, abre um precedente face a outros oficiais superiores, com uma folha de serviço semelhante, e coloca sérias interrogações sobre as motivações adiantadas».
«A atribuição de tal distinção por ocasião do 35.º aniversário do 25 de Abril, suscitada pelas chefias militares mas com a cobertura política do PS e do Governo, significa objectivamente a atribuição de um “prémio” a alguém que, não só não teve particular desempenho na Revolução e no Movimento das Forças Armadas, como, pelo seu percurso, é um símbolo de concepções e práticas profundamente retrógradas e anti-democráticas», afirma-se na nota.
O PCP «adoptará as medidas necessárias junto do ministro da Defesa Nacional e do Governo, exigindo todos os esclarecimentos sobre esta situação».
Numa nota ontem divulgada pelo Gabinete de Imprensa do Partido, considera-se que «esta promoção com carácter excepcional, cujo processo estará na fase final, encontrando-se já na Presidência da República para promulgação, fundamentada “em razões estritamente militares” e no “mérito e serviços prestados à pátria”, abre um precedente face a outros oficiais superiores, com uma folha de serviço semelhante, e coloca sérias interrogações sobre as motivações adiantadas».
«A atribuição de tal distinção por ocasião do 35.º aniversário do 25 de Abril, suscitada pelas chefias militares mas com a cobertura política do PS e do Governo, significa objectivamente a atribuição de um “prémio” a alguém que, não só não teve particular desempenho na Revolução e no Movimento das Forças Armadas, como, pelo seu percurso, é um símbolo de concepções e práticas profundamente retrógradas e anti-democráticas», afirma-se na nota.
O PCP «adoptará as medidas necessárias junto do ministro da Defesa Nacional e do Governo, exigindo todos os esclarecimentos sobre esta situação».