Travar a impunidade
A administração da fábrica da Renault Cacia, em Aveiro, recusou-se, na segunda-feira, a receber uma delegação de deputados do PCP que ali se deslocaram no âmbito das jornadas parlamentares (ver páginas 21 e 32). Segundo os comunistas, a decisão foi justificada com a rejeição de qualquer iniciativa partidária nas instalações, independentemente do partido que a promove. Apesar disto, José Sócrates foi recebido na fábrica uma semana antes.
Anulado o primeiro ponto do programa previsto, os deputados da Assembleia da República Bernardino Soares e Jorge Machado, e a deputada do Parlamento Europeu Ilda Figueiredo estiveram reunidos com as organizações representativas dos trabalhadores da fábrica, das quais ouviram as suas preocupações com a situação que se vive na empresa. Recentemente, a administração adiantou a hipótese de recorrer ao lay-off.
A visita àquela fábrica inseria-se numa jornada de contactos com diversos sectores produtivos, com o objectivo de conhecer mais de perto a sua situação. Para além do sector automóvel, os parlamentares comunistas estiveram em empresas dos sectores leiteiro e corticeiro e junto a explorações agrícolas e em zonas piscatórias.
Deputados do PCP na Assembleia da República e os dois eleitos comunistas no Parlamento Europeu estiveram, depois, reunidos com uma delegação da União de Sindicatos de Aveiro/CGTP-IN. Na ocasião, a estrutura sindical denunciou a existência de mais de 40 mil desempregados no distrito, enquanto que a precariedade atinge já cerca de 92 mil. Em conjunto, estas realidades representam 35 por cento da população activa.
Joaquim Almeida, coordenador daquela união, defendeu que os apoios do Estado às empresas sejam dirigidos primordialmente ao pagamento de salários em atraso. Para o sindicalista, os apoios são, muitas vezes, uma substituição ao pagamento dos salários. «Quanto mais apoios há, contraditoriamente, mais aumenta o desemprego», acusou Joaquim Almeida.
Na opinião do presidente do Grupo Parlamentar comunista, Bernardino Soares, «há situações a exigir investigação por suspeitas de fraude, impunidade na violação dos direitos e compromissos com os trabalhadores e com o próprio Estado que exigem uma resposta melhor do Governo». E garantiu que o PCP estará atento aos processos de falência e lay-off sem estarem reunidas as condições legais, expediente utilizado por várias empresas. Nos próximos dias, garantiu, o PCP questionará o Governo sobre estas situações.
Anulado o primeiro ponto do programa previsto, os deputados da Assembleia da República Bernardino Soares e Jorge Machado, e a deputada do Parlamento Europeu Ilda Figueiredo estiveram reunidos com as organizações representativas dos trabalhadores da fábrica, das quais ouviram as suas preocupações com a situação que se vive na empresa. Recentemente, a administração adiantou a hipótese de recorrer ao lay-off.
A visita àquela fábrica inseria-se numa jornada de contactos com diversos sectores produtivos, com o objectivo de conhecer mais de perto a sua situação. Para além do sector automóvel, os parlamentares comunistas estiveram em empresas dos sectores leiteiro e corticeiro e junto a explorações agrícolas e em zonas piscatórias.
Deputados do PCP na Assembleia da República e os dois eleitos comunistas no Parlamento Europeu estiveram, depois, reunidos com uma delegação da União de Sindicatos de Aveiro/CGTP-IN. Na ocasião, a estrutura sindical denunciou a existência de mais de 40 mil desempregados no distrito, enquanto que a precariedade atinge já cerca de 92 mil. Em conjunto, estas realidades representam 35 por cento da população activa.
Joaquim Almeida, coordenador daquela união, defendeu que os apoios do Estado às empresas sejam dirigidos primordialmente ao pagamento de salários em atraso. Para o sindicalista, os apoios são, muitas vezes, uma substituição ao pagamento dos salários. «Quanto mais apoios há, contraditoriamente, mais aumenta o desemprego», acusou Joaquim Almeida.
Na opinião do presidente do Grupo Parlamentar comunista, Bernardino Soares, «há situações a exigir investigação por suspeitas de fraude, impunidade na violação dos direitos e compromissos com os trabalhadores e com o próprio Estado que exigem uma resposta melhor do Governo». E garantiu que o PCP estará atento aos processos de falência e lay-off sem estarem reunidas as condições legais, expediente utilizado por várias empresas. Nos próximos dias, garantiu, o PCP questionará o Governo sobre estas situações.