Futuro ameaçado
No Distrito da Guarda, o contínuo definhamento do tecido produtivo industrial e agrícola está a acentuar as desigualdades e injustiças sociais. Depois das falências, no passado mês de Maio, de empresas têxteis nos concelhos da Guarda, Gouveia, surgem agora novos encerramentos, caso da Beiralã, em Seia, onde 170 trabalhadores suspenderam os contratos por terem salários em atraso. Entretanto, na Freguesia de Trinta, depois do encerramento da Jopilã, que deixou mais 60 trabalhadores no desemprego, é agora a vez da Efilã. Ainda no concelho da Guarda, a fábrica Sepol – a única sobrevivente das 9 fábricas que na década de 50 existiam no Distrito da Guarda – entrou em processo de insolvência. A agravar a situação, também nos concelhos de Guarda e Almeida, o desemprego está a atingir os trabalhadores dos postos de combustíveis, que não resistem à forte concorrência espanhola.
Enquanto isto, a agricultura vive «uma crise gravíssima de estrangulamento e abandono» e o sector vinícola atravessa uma situação verdadeiramente dramática, fruto de sucessivos anos de rendimentos negativos, tendo sido o Distrito da Guarda o que mais pedidos compensatórios de ajuda apresentou para arranque da vinha.
Face a este quadro, a Direcção da Organização Regional da Guarda do PCP teme pelo futuro da região. E, evocando dados do INE que apontam taxas de mortalidade nos concelhos do distrito muito superiores às de natalidade (em alguns casos mais do dobro e muito superiores à média nacional), diz que em perspectiva está «o desaparecimento de aldeias num futuro não muito longínquo», em consequência «de anos e anos de políticas de direita atrofiantes do desenvolvimento e do bem estar dos trabalhadores e das populações».
Enquanto isto, a agricultura vive «uma crise gravíssima de estrangulamento e abandono» e o sector vinícola atravessa uma situação verdadeiramente dramática, fruto de sucessivos anos de rendimentos negativos, tendo sido o Distrito da Guarda o que mais pedidos compensatórios de ajuda apresentou para arranque da vinha.
Face a este quadro, a Direcção da Organização Regional da Guarda do PCP teme pelo futuro da região. E, evocando dados do INE que apontam taxas de mortalidade nos concelhos do distrito muito superiores às de natalidade (em alguns casos mais do dobro e muito superiores à média nacional), diz que em perspectiva está «o desaparecimento de aldeias num futuro não muito longínquo», em consequência «de anos e anos de políticas de direita atrofiantes do desenvolvimento e do bem estar dos trabalhadores e das populações».