Defender o aparelho produtivo
O PCP promoveu, dia 9, em Leiria, um roteiro em defesa do aparelho produtivo da região e do emprego com direitos, visitando várias empresas encerradas e contactando com trabalhadores.
A iniciativa estava integrada na campanha «É tempo de lutar, é tempo de mudar – Mais força ao PCP», e levou uma delegação de dirigente regionais do Partido, acompanhada por órgãos de comunicação social, a contactar com trabalhadores de várias empresas emblemáticas já encerradas, como a Plásticos Lena, a Marividros e a Pescagest, entre outras.
Foi ainda possível constatar o «deserto» que hoje é a zona industrial das Caldas da Rainha, afirma, na sua nota de imprensa, a Direcção da Organização Regional de Leiria do Partido. «Em lugar do ambiente marcado pela azáfama do trabalho produtivo, hoje a zona mais parece uma “cidade” fantasma com dezenas de empresas encerradas e ao abandono». A visita terminou na Irmal, nas Caldas da Rainha, do sector da metalomecânica pesada. Há cerca de dois anos, esteve a braços com um processo de insolvência, mas acabaria por reabrir graças à luta dos trabalhadores.
Na conferência de imprensa realizada no âmbito do «roteiro», os comunistas acusaram a política dos sucessivos governos pela situação que se vive na região. Uma política de «crescente financeirização da economia» e de subordinação da economia nacional às necessidades de acumulação acelerada de riqueza do grande capital económico e financeiro», que está a conduzir os sector produtivos à «ruína».
Os comunistas culpam ainda o executivo de abandonar e não apoiar e estimular «dezenas de pequenas e médias empresas», sobretudo em tudo o que tem a ver com a sua modernização, às exportações, aos altos preços da energia e dos combustíveis. A ausência de uma política de dinamização industrial, agrícola e de pescas também merece a crítica do PCP – na agricultura, desapareceram milhares de pequenas unidades produtivas e nas pescas o abate de embarcações «transformou-se na linha principal dos governos no sector, contribuindo assim para o aumento da dependência alimentar do País».
Uma nova política
Na indústria, a situação não é melhor. Grandes empresas encerraram. Entre estas contam-se os casos da Fábrica Stephens, da Pereira Roldão, da Ivima, da Proalimentar, da Carvalho & Catarro, da Baptista Russo, da Platex, entre outras. Só nos últimos cinco anos, fecharam a porta três centenas de empresas na região. Entre as quais se destacam: a Secla, a Eurovela, a Damâso, a Pescagest, a Louçarte, a Pastoret, a La Faubourg, a Móveis Pedrosa, a Marividros, a Vitroibérica, a Canividro, a Mortensen, a LEPE, ou a Plásticos Lena.
Outras, que estão ainda em actividade, atravessam momentos difíceis. Estão nesta situação as cerâmicas Bordalo Pinheiro, a FAPOR, a Val Sol Cerâmicas e a NOCAL, assim como as fábricas têxteis Finistex, Fiar, Pivot e Fareleiros, que, no seu conjunto, empregam cerca de mil trabalhadores.
Os comunistas consideram que é preciso e urgente uma nova política que «rompa em definitivo com a política de direita». Uma política que, defende o PCP, promova a defesa e afirmação do aparelho produtivo regional, assumindo-se como «motor do desenvolvimento económico e do emprego na região».
É possível defender a indústria tradicional da região, através de programas específicos de apoio à valorização e desenvolvimento da produção e de novos produtos e com incentivos à modernização e valorização tecnológica e à inovação. A canalização prioritária e preferencial de apoios para as pequenas e médias empresas, o desenvolvimento por parte do Estado de medidas que visem o aumento da produtividade e da competitividade, são algumas das medidas necessárias.
Foi ainda possível constatar o «deserto» que hoje é a zona industrial das Caldas da Rainha, afirma, na sua nota de imprensa, a Direcção da Organização Regional de Leiria do Partido. «Em lugar do ambiente marcado pela azáfama do trabalho produtivo, hoje a zona mais parece uma “cidade” fantasma com dezenas de empresas encerradas e ao abandono». A visita terminou na Irmal, nas Caldas da Rainha, do sector da metalomecânica pesada. Há cerca de dois anos, esteve a braços com um processo de insolvência, mas acabaria por reabrir graças à luta dos trabalhadores.
Na conferência de imprensa realizada no âmbito do «roteiro», os comunistas acusaram a política dos sucessivos governos pela situação que se vive na região. Uma política de «crescente financeirização da economia» e de subordinação da economia nacional às necessidades de acumulação acelerada de riqueza do grande capital económico e financeiro», que está a conduzir os sector produtivos à «ruína».
Os comunistas culpam ainda o executivo de abandonar e não apoiar e estimular «dezenas de pequenas e médias empresas», sobretudo em tudo o que tem a ver com a sua modernização, às exportações, aos altos preços da energia e dos combustíveis. A ausência de uma política de dinamização industrial, agrícola e de pescas também merece a crítica do PCP – na agricultura, desapareceram milhares de pequenas unidades produtivas e nas pescas o abate de embarcações «transformou-se na linha principal dos governos no sector, contribuindo assim para o aumento da dependência alimentar do País».
Uma nova política
Na indústria, a situação não é melhor. Grandes empresas encerraram. Entre estas contam-se os casos da Fábrica Stephens, da Pereira Roldão, da Ivima, da Proalimentar, da Carvalho & Catarro, da Baptista Russo, da Platex, entre outras. Só nos últimos cinco anos, fecharam a porta três centenas de empresas na região. Entre as quais se destacam: a Secla, a Eurovela, a Damâso, a Pescagest, a Louçarte, a Pastoret, a La Faubourg, a Móveis Pedrosa, a Marividros, a Vitroibérica, a Canividro, a Mortensen, a LEPE, ou a Plásticos Lena.
Outras, que estão ainda em actividade, atravessam momentos difíceis. Estão nesta situação as cerâmicas Bordalo Pinheiro, a FAPOR, a Val Sol Cerâmicas e a NOCAL, assim como as fábricas têxteis Finistex, Fiar, Pivot e Fareleiros, que, no seu conjunto, empregam cerca de mil trabalhadores.
Os comunistas consideram que é preciso e urgente uma nova política que «rompa em definitivo com a política de direita». Uma política que, defende o PCP, promova a defesa e afirmação do aparelho produtivo regional, assumindo-se como «motor do desenvolvimento económico e do emprego na região».
É possível defender a indústria tradicional da região, através de programas específicos de apoio à valorização e desenvolvimento da produção e de novos produtos e com incentivos à modernização e valorização tecnológica e à inovação. A canalização prioritária e preferencial de apoios para as pequenas e médias empresas, o desenvolvimento por parte do Estado de medidas que visem o aumento da produtividade e da competitividade, são algumas das medidas necessárias.