PCP contra favores do Estado à banca

Garantias milionárias revelam natureza do Governo

O PCP considera «absolutamente inaceitável» a decisão do Governo de instituir garantias do Estado à banca no valor de 20 mil milhões de euros. Em nota do Gabinete de Imprensa de domingo, o PCP lembra que ao mesmo tempo que dá garantias para operações entre bancos sediados em Portugal, «não haja uma única palavra, medida ou intervenção» do Governo que dê resposta ao «gravíssimo problema, à situação de verdadeiro sufoco no plano financeiro, com que estão confrontados milhões de portugueses com o agravamento das taxas de juro e o pagamento das mensalidades nos empréstimos à habitação». Aquilo que se impõe, defendem os comunistas, é um «programa de emergência que contemple a descida das taxas de juro e a limitação do spread».
O PCP realça ainda ser «por si só revelador da natureza, das preocupações e dos objectivos deste Governo» o facto de mostrar disponibilidade para ajudar os grupos financeiros não tendo uma palavra para o «necessário aumento dos salários, reformas e pensões». Medidas indispensáveis, garante, para a melhoria das condições de vida da população, para a dinamização do consumo interno e para o necessário estímulo económico de que o País necessita face a esta crise do capitalismo.
Igualmente significativo das opções do Governo é o facto de continuar a «ignorar o quadro em que se encontram milhares de micro, pequenas e médias empresas, que representam 95 por cento do tecido empresarial do País», lembram os comunistas. A verdade é que não se conhece «nenhuma medida de fundo e com efeitos imediatos que possa contribuir para a resolução dos muitos problemas com que estão confrontadas».
O PCP entende ainda ser necessário que o Governo «esclareça em que condições é que a Caixa Geral de Depósitos concedeu um empréstimo de 200 milhões de euros ao Banco Português de Negócios». Quando «é evidente que aquilo que se impõe é o reforço do Estado neste sector».


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