Faleceu Rogério Ribeiro
Faleceu segunda-feira Rogério Ribeiro, artista plástico de renome internacional e empenhado militante comunista.
Abraçou desde jovem a luta pela liberdade e a democracia
Rogério Fernando da Silva Ribeiro nasceu em Estremoz, em 1930. A sua mais recente obra foi inaugurada no sábado, em Beja: o Monumento à Mulher Alentejana, no Parque da Cidade. Não pôde estar na cerimónia, porque sexta-feira teve que ser internado no Hospital de Santa Maria. O funeral teria lugar ontem, ao final da tarde, do Palácio Galveias para o cemitério do Alto de São João.
Nota do Secretariado do PCP
Na nota de condolências divulgada no dia 10, o Secretariado do Comité Central do PCP refere que, «destacado professor e artista plástico, Rogério Ribeiro abraçou desde jovem a luta antifascista pela liberdade e a democracia».
«Rogério Ribeiro é uma das figuras maiores da arte portuguesa. Excepcional e multifacetada personalidade criadora, ao legado da sua imensa obra plástica junta-se o do seu incansável trabalho de construtor e dinamizador cultural, o do pedagogo entusiasta, o do combatente político pelas causas da emancipação humana, o do resistente e dirigente comunista. Sendo certamente uma das mais destacadas e originais personalidades criadoras enraizadas no movimento neo-realista, a sua obra é uma riquíssima e complexa construção e reflexão sobre o devir humano, sobre o seu tempo e sobre uma humanidade em certos aspectos intemporal. Nas nossas memórias visuais ficarão para sempre gravadas as suas ilustrações para o livro Até amanhã camaradas, de Manuel Tiago.
«Num dos seus testemunhos mais importantes e também um dos mais comoventes, Rogério Ribeiro falou da importância da Revolução de Abril na sua obra, não como um momento de viragem, mas como período em que a urgência histórica requeria toda a atenção criadora.
«Rogério Ribeiro, que ao longo de toda a vida foi um trabalhador incansável, realiza a partir dos anos 70 uma obra de amplitude e riqueza criadora incomparáveis, atingindo um reconhecimento internacional significativo.
«Destacado participante nas lutas do MUD Juvenil e nas lutas estudantis de 1962, Rogério Ribeiro estabeleceu contactos com o PCP desde 1953, tendo a ele aderido em 1975. Preso pela PIDE em 1958 vê-lhe negada a autorização para exercer o cargo de assistente da Escola Superior de Belas Artes de Lisboa.
«Rogério Ribeiro, que foi membro do Comité Central do PCP desde 1983 até Dezembro de 1992, deu durante três décadas uma elevada contribuição para a concepção e realização da Festa do Avante!», de cuja comissão organizadora foi membro, e para muitas outras realizações do Partido, das quais se destaca a exposição comemorativa dos 60 anos de vida do PCP» - conclui o documento.
A Direcção da Organização Regional de Évora do Partido emitiu terça-feira um comunicado de imprensa, destacando que Rogério Ribeiro «nunca esqueceu as suas origens e a sua terra, onde vinha com frequência», e sempre assumiu a sua condição de alentejano, colocando nas suas pinturas e em muitos trabalhos o Alentejo, dando visibilidade à sua maior riqueza - o Homem».
Lembra ainda a DOREV que Rogério Ribeiro «foi um dos artistas plásticos que sempre estiveram com essa conquista ímpar do proletariado agrícola do Sul – a Reforma Agrária» e «sempre o víamos nas conferências da Reforma Agrária e em muitas situações, colaborando em magníficos trabalhos que perpetuarão para sempre esse marco histórico da Revolução de Abril».
«O Alentejo e Estremoz perdem um dos seus filhos mais ilustres, que levou bem longe o nome de Estremoz e do Alentejo», salienta a DOREV.
Nota do Secretariado do PCP
Na nota de condolências divulgada no dia 10, o Secretariado do Comité Central do PCP refere que, «destacado professor e artista plástico, Rogério Ribeiro abraçou desde jovem a luta antifascista pela liberdade e a democracia».
«Rogério Ribeiro é uma das figuras maiores da arte portuguesa. Excepcional e multifacetada personalidade criadora, ao legado da sua imensa obra plástica junta-se o do seu incansável trabalho de construtor e dinamizador cultural, o do pedagogo entusiasta, o do combatente político pelas causas da emancipação humana, o do resistente e dirigente comunista. Sendo certamente uma das mais destacadas e originais personalidades criadoras enraizadas no movimento neo-realista, a sua obra é uma riquíssima e complexa construção e reflexão sobre o devir humano, sobre o seu tempo e sobre uma humanidade em certos aspectos intemporal. Nas nossas memórias visuais ficarão para sempre gravadas as suas ilustrações para o livro Até amanhã camaradas, de Manuel Tiago.
«Num dos seus testemunhos mais importantes e também um dos mais comoventes, Rogério Ribeiro falou da importância da Revolução de Abril na sua obra, não como um momento de viragem, mas como período em que a urgência histórica requeria toda a atenção criadora.
«Rogério Ribeiro, que ao longo de toda a vida foi um trabalhador incansável, realiza a partir dos anos 70 uma obra de amplitude e riqueza criadora incomparáveis, atingindo um reconhecimento internacional significativo.
«Destacado participante nas lutas do MUD Juvenil e nas lutas estudantis de 1962, Rogério Ribeiro estabeleceu contactos com o PCP desde 1953, tendo a ele aderido em 1975. Preso pela PIDE em 1958 vê-lhe negada a autorização para exercer o cargo de assistente da Escola Superior de Belas Artes de Lisboa.
«Rogério Ribeiro, que foi membro do Comité Central do PCP desde 1983 até Dezembro de 1992, deu durante três décadas uma elevada contribuição para a concepção e realização da Festa do Avante!», de cuja comissão organizadora foi membro, e para muitas outras realizações do Partido, das quais se destaca a exposição comemorativa dos 60 anos de vida do PCP» - conclui o documento.
A Direcção da Organização Regional de Évora do Partido emitiu terça-feira um comunicado de imprensa, destacando que Rogério Ribeiro «nunca esqueceu as suas origens e a sua terra, onde vinha com frequência», e sempre assumiu a sua condição de alentejano, colocando nas suas pinturas e em muitos trabalhos o Alentejo, dando visibilidade à sua maior riqueza - o Homem».
Lembra ainda a DOREV que Rogério Ribeiro «foi um dos artistas plásticos que sempre estiveram com essa conquista ímpar do proletariado agrícola do Sul – a Reforma Agrária» e «sempre o víamos nas conferências da Reforma Agrária e em muitas situações, colaborando em magníficos trabalhos que perpetuarão para sempre esse marco histórico da Revolução de Abril».
«O Alentejo e Estremoz perdem um dos seus filhos mais ilustres, que levou bem longe o nome de Estremoz e do Alentejo», salienta a DOREV.