Suíça

Assembleia critica Governo

O Governo continua «indiferente e cego» à situação em que se encontram milhares de portugueses que, obrigados a procurar trabalho noutro país, acabam por ser «vítimas de um autêntico tráfico de mão-de-obra», concluiu, no dia 26 de Novembro, a VIII Assembleia da Organização dos Comunistas Emigrados na Suíça.
Reunida na cidade de Thun, a Assembleia – que contou com a participação de Manuela Pinto Ângelo, membro do secretariado do Comité Central – foi marcada por um debate vivo e profundo sobre temas respeitantes à Comunidade Portuguesa, cujos direitos o Governo está a pôr em causa, já que à falta de uma política de emigração, toma apenas «medidas enganosas e populistas», enquanto, ao mesmo tempo, ignora o enorme fluxo migratório que está a ocorrer, semelhante ao «salto da década de sessenta do século passado». Só na Suíça, chegam semanalmente dezenas de carrinhas com jovens à procura de trabalho, alguns licenciados. Entretanto, milhares de outros emigrantes, tentam regressar à pressa a Portugal, com medo de perder o direito ao levantamento dos capitais do fundo de complemento de reforma, o chamado 2.º Pilar, pois desconhecem o acordo bilateral, entre Portugal e a Suíça, que permite a continuidade do pagamento desse reembolso, no caso de regresso definitivo a Portugal, a partir de 31 de Maio de 2007. Medida, aliás, que os comunistas consideram positiva.
A Assembleia criticou, também, as medidas economicistas do Governo relativamente ao ensino da Língua e Cultura Portuguesas aos filhos dos emigrantes, que leva a que, três meses após o início do ano escolar, haja cursos que não funcionam por falta de professores e os serviços de Coordenação só funcionem mercê do empenho da coordenadora nacional e de alguns professores de apoio», sendo que ainda não foi aplicado o prometido despacho do Ministério que permite o funcionamento regular dos serviços de ensino junto da Embaixada em Berna e dos Consulados Gerais de Genebra e Zurique.
Também no que respeita aos Consulados, «não se vêem progressos de vulto», mantendo-se o descontentamento dos utentes, os vice-cônsul para Genebra e Zurique continuam por nomear, os trabalhadores dos serviços consulares continuam a não ver satisfeitas as suas reivindicações, continua por cumprir a promessa relativa à abertura de um posto ou escritório consular no cantão do Ticino.
Por fim, a Assembleia – que demonstrou a sua determinação na defesa dos interesses dos emigrantes portugueses na Suíça – elegeu o novo organismo de direcção nacional composto por militantes de reconhecido prestígio.


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