Governo ignora realidade
O encerramento de urgências de Hospitais, SAPs e extensões de Centros de Saúde continua a gerar o vigoroso protesto das populações, evidenciando a justeza da campanha nacional em defesa da Saúde promovida pelo PCP, cujas organizações encabeçam esses protestos.
Ainda na semana passada, a Direcção da Organização Regional da Guarda expressou o seu repúdio pelo encerramento, esta segunda-feira, 4, dos Serviços de Atendimento Permanente dos Centros de Saúde de, Almeida, Aguiar da Beira, Celorico da Beira, Fornos de Algodres, Pinhel, Sabugal e Trancoso.
Trata-se de «um novo ataque aos concelhos e às populações deste interior cada vez mais desertificado e empobrecido», acusa a DORG, para quem «só a luta obrigará o Governo a recuar» nestas medidas.
Também a Direcção da Organização Regional de Aveiro, depois de analisar o relatório da Comissão Técnica de Apoio ao Processo de Requalificação das Urgência, diz que as medidas preconizadas por esta comissão «são verdadeiros atentados à qualidade de vida das populações e uma machadada no direito à saúde», e expressa o seu vivo desacordo com o encerramento dos serviços de urgência dos Hospitais de Anadia, Espinho, Estarreja, Ovar e S. João da Madeira.
Mais, reclama o funcionamento de serviços de atendimento em situação não previsível e/ou urgente, 24h por dia junto dos principais Centros de Saúde, com uma distribuição equilibrada, e exige que os Hospitais Infante D. Pedro e de S. Sebastião estejam preparados para receber doentes em situação emergente num largo conjunto de valências.
As supostas razões de ordem técnica e científica invocadas para esta tomada de medidas não passam de uma táctica já «velha» do Governo para as justificar, denuncia a DORAV, só que o relatório em causa está eivado «de aspectos pouco claros e até contraditórios» e usa critérios com uma «significativa carga de subjectividade». Aliás, para os comunistas, fixar um mínimo de 150 atendimentos dia para justificar a existência de um serviço de urgência «pode fazer sentido para os rácios do Ministério das Finanças» mas é «incompreensível para os utentes». Mas também em termos de tempo de acesso aos serviços públicos alternativos o relatório deixa muitas dúvidas, já que «parte do pressuposto de que todo o cidadão tem carro» e não tem em conta a rede de transporte pública da região, que é extremamente deficitária, nem o facto de o distrito de Aveiro ter grande peso demográfico e possuir um tecido industrial vasto e diversificado e uma faixa costeira que atrai milhares de turistas e veraneantes.
Protestos não cessam
A opinião da DORAV, de que aquele relatório «não contempla a realidade local nem os efeitos» das medidas que aponta é partilhada pela Organização Concelhia de Espinho, que encabeçou um abaixo-assinado em defesa do serviço de Urgências do Hospital de Espinho. Abaixo-assinado já entregue no Governo Civil de Aveiro e que demonstra a enorme adesão que esta iniciativa teve da parte da população.
Mas muitas outras organizações movimentam-se contra estas medidas do Governo. Entre elas a Comissão Concelhia de Cantanhede, que recolheu já um largo número de assinaturas repudiando as «investidas» contra SAPs do concelho e extensões de Saúde das freguesias de Bolho, Vilamar, Corticeiro de Cima, S. Caetano e Murtede. E, amis recentemente contra a deslocalização das urgências do Hospital de Cantanhede para os Hospitais Centrais de Coimbra, Covões e Universidade, já «a rebentar pelas costuras». Isto, depois de o Hospital de Cantanhade ter tido um investimento público de cerca de quatro milhões de euros para o alargamento das suas instalações!
Também o encerramento de urgências e outras valências hospitalares, bem como o aumento das taxas moderadoras mereceu o vivo protesto da Organização Concelhia de Santa Maria da Feira, que já levou a feito inúmeras acções de esclarecimento junto das populações, uma, inclusive, com a participação de Jorge Pires membro da Comissão Política, tendo já recolhido milhares de assinaturas.
Trata-se de «um novo ataque aos concelhos e às populações deste interior cada vez mais desertificado e empobrecido», acusa a DORG, para quem «só a luta obrigará o Governo a recuar» nestas medidas.
Também a Direcção da Organização Regional de Aveiro, depois de analisar o relatório da Comissão Técnica de Apoio ao Processo de Requalificação das Urgência, diz que as medidas preconizadas por esta comissão «são verdadeiros atentados à qualidade de vida das populações e uma machadada no direito à saúde», e expressa o seu vivo desacordo com o encerramento dos serviços de urgência dos Hospitais de Anadia, Espinho, Estarreja, Ovar e S. João da Madeira.
Mais, reclama o funcionamento de serviços de atendimento em situação não previsível e/ou urgente, 24h por dia junto dos principais Centros de Saúde, com uma distribuição equilibrada, e exige que os Hospitais Infante D. Pedro e de S. Sebastião estejam preparados para receber doentes em situação emergente num largo conjunto de valências.
As supostas razões de ordem técnica e científica invocadas para esta tomada de medidas não passam de uma táctica já «velha» do Governo para as justificar, denuncia a DORAV, só que o relatório em causa está eivado «de aspectos pouco claros e até contraditórios» e usa critérios com uma «significativa carga de subjectividade». Aliás, para os comunistas, fixar um mínimo de 150 atendimentos dia para justificar a existência de um serviço de urgência «pode fazer sentido para os rácios do Ministério das Finanças» mas é «incompreensível para os utentes». Mas também em termos de tempo de acesso aos serviços públicos alternativos o relatório deixa muitas dúvidas, já que «parte do pressuposto de que todo o cidadão tem carro» e não tem em conta a rede de transporte pública da região, que é extremamente deficitária, nem o facto de o distrito de Aveiro ter grande peso demográfico e possuir um tecido industrial vasto e diversificado e uma faixa costeira que atrai milhares de turistas e veraneantes.
Protestos não cessam
A opinião da DORAV, de que aquele relatório «não contempla a realidade local nem os efeitos» das medidas que aponta é partilhada pela Organização Concelhia de Espinho, que encabeçou um abaixo-assinado em defesa do serviço de Urgências do Hospital de Espinho. Abaixo-assinado já entregue no Governo Civil de Aveiro e que demonstra a enorme adesão que esta iniciativa teve da parte da população.
Mas muitas outras organizações movimentam-se contra estas medidas do Governo. Entre elas a Comissão Concelhia de Cantanhede, que recolheu já um largo número de assinaturas repudiando as «investidas» contra SAPs do concelho e extensões de Saúde das freguesias de Bolho, Vilamar, Corticeiro de Cima, S. Caetano e Murtede. E, amis recentemente contra a deslocalização das urgências do Hospital de Cantanhede para os Hospitais Centrais de Coimbra, Covões e Universidade, já «a rebentar pelas costuras». Isto, depois de o Hospital de Cantanhade ter tido um investimento público de cerca de quatro milhões de euros para o alargamento das suas instalações!
Também o encerramento de urgências e outras valências hospitalares, bem como o aumento das taxas moderadoras mereceu o vivo protesto da Organização Concelhia de Santa Maria da Feira, que já levou a feito inúmeras acções de esclarecimento junto das populações, uma, inclusive, com a participação de Jorge Pires membro da Comissão Política, tendo já recolhido milhares de assinaturas.