«O Partido está mais forte e mais operacional»
Num comício que juntou mais de 1700 pessoas no Coliseu do Porto, o PCP celebrou o seu 85.º aniversário em ambiente de festa e de confiança no futuro do Partido e do País. Jerónimo de Sousa teceu duras críticas à acção do Governo.
Num ano, entraram para o Partido 350 novos militantes no Porto
O Coliseu estava cheio e o ambiente era de festa. O PCP assinalava os seus oitenta e cinco anos de vida e de luta mais forte e mais ligado aos problemas dos trabalhadores e do povo. Na intervenção de José Timóteo, membro da Direcção Regional do Porto e do Comité Central, estiveram presentes os aspectos mais delicados da situação social no distrito, marcada pelo contínuo aumento do desemprego e pela crescente onda de emigração associada, sobretudo nos concelhos do interior.
Para o dirigente do PCP, a crise dos diversos sectores produtivos com significativa implantação na região do Porto (como a indústria têxtil, calçado, metalurgia, o sector agrícola e das pescas), com a redução permanente de postos de trabalho, o encerramento de empresas e a perda de capacidade produtiva são realidades que evidenciam a urgência de uma outra política de desenvolvimento económico e de defesa da soberania nacional. José Timóteo criticou ainda os «ataques ao sistema público de Segurança Social, as funções sociais do Estado, ao serviço nacional de Saúde, ao sistema educativo, aos direitos fundamentais dos trabalhadores». Estes ataques só podem ser travados, confia, com o «desenvolvimento da luta de massas».
Em «ano de reforço do Partido», José Timóteo destacou que o PCP está mais forte na região. O Partido, referiu, «está mais operacional, mais ligado aos trabalhadores, às populações, aos problemas e à luta pela sua resolução». Desde o 84.º aniversário do Partido, anunciou o membro da DORP, «recrutámos 350 camaradas, cerca de 65 por cento com menos de 40 anos, sendo um terço mulheres». Para José Timóteo, fazer de 2006 o ano de reforço do Partido «significa criar mais e melhor organização, responsabilizar mais quadros, particularmente jovens, dar prioridade à intervenção no interior das empresas e locais de trabalho».
No comício foram também saudados dois intelectuais destacados da vida cultural do País, José Rodrigues e Álvaro Siza Vieira, que se associaram a este 85.º aniversário do PCP criando a propósito duas obras de arte para reprodução limitada.
Um ano a perder
No seu discurso, o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa lembrou que «faz por estes dias um ano que o PS/Sócrates tomou a seu cargo o Governo do País». Para Jerónimo de Sousa, o balanço é negativo: Neste período, acusou, «vimos como o Governo do PS assumiu por inteiro o legado das políticas de direita que o governo do PSD/CDS-PP vinha concretizando contra o emprego, os direitos dos trabalhadores e os serviços públicos essenciais ao bem-estar das populações».Um ano após a tomada de posse do governo PS/Sócrates «o que o País constata é a agudização de todos os problemas nacionais», afirmou o dirigente comunista.
Prosseguindo, Jerónimo de Sousa lembrou que se com os governos do PSD/PP, o desemprego cresceu continuamente, com o actual executivo do PS este apresenta a «mais alta taxa dos últimos 20 anos», atingindo hoje mais de 600 mil pessoas, ou seja, mais de 10 por cento da população activa. «Segundo o INE, a população desempregada com o ensino secundário aumentou 38% a com o ensino superior 27%. Só licenciados eram, em Janeiro, 54.100 desempregados», denunciou. Para Jerónimo de Sousa, com as actuais políticas não se vêm perspectivas para «alterar e inverter esta realidade».
Ao PSD, Jerónimo de Sousa acusou de ser uma «oposição fictícia», que apenas espera pelo seu regresso ao poder, «retomando o ciclo vicioso das falsas alternativas». E denunciou a proposta de alteração às leis eleitorais feita por este partido. Leis que, defende, não têm o propósito de «resolver qualquer problema real de representação política ou de ligação aos eleitores, mas apenas para garantir a perpetuação no poder dos partidos do “bloco central”, solução vendida como sendo um grande serviço prestado à democracia».
Para o dirigente do PCP, a crise dos diversos sectores produtivos com significativa implantação na região do Porto (como a indústria têxtil, calçado, metalurgia, o sector agrícola e das pescas), com a redução permanente de postos de trabalho, o encerramento de empresas e a perda de capacidade produtiva são realidades que evidenciam a urgência de uma outra política de desenvolvimento económico e de defesa da soberania nacional. José Timóteo criticou ainda os «ataques ao sistema público de Segurança Social, as funções sociais do Estado, ao serviço nacional de Saúde, ao sistema educativo, aos direitos fundamentais dos trabalhadores». Estes ataques só podem ser travados, confia, com o «desenvolvimento da luta de massas».
Em «ano de reforço do Partido», José Timóteo destacou que o PCP está mais forte na região. O Partido, referiu, «está mais operacional, mais ligado aos trabalhadores, às populações, aos problemas e à luta pela sua resolução». Desde o 84.º aniversário do Partido, anunciou o membro da DORP, «recrutámos 350 camaradas, cerca de 65 por cento com menos de 40 anos, sendo um terço mulheres». Para José Timóteo, fazer de 2006 o ano de reforço do Partido «significa criar mais e melhor organização, responsabilizar mais quadros, particularmente jovens, dar prioridade à intervenção no interior das empresas e locais de trabalho».
No comício foram também saudados dois intelectuais destacados da vida cultural do País, José Rodrigues e Álvaro Siza Vieira, que se associaram a este 85.º aniversário do PCP criando a propósito duas obras de arte para reprodução limitada.
Um ano a perder
No seu discurso, o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa lembrou que «faz por estes dias um ano que o PS/Sócrates tomou a seu cargo o Governo do País». Para Jerónimo de Sousa, o balanço é negativo: Neste período, acusou, «vimos como o Governo do PS assumiu por inteiro o legado das políticas de direita que o governo do PSD/CDS-PP vinha concretizando contra o emprego, os direitos dos trabalhadores e os serviços públicos essenciais ao bem-estar das populações».Um ano após a tomada de posse do governo PS/Sócrates «o que o País constata é a agudização de todos os problemas nacionais», afirmou o dirigente comunista.
Prosseguindo, Jerónimo de Sousa lembrou que se com os governos do PSD/PP, o desemprego cresceu continuamente, com o actual executivo do PS este apresenta a «mais alta taxa dos últimos 20 anos», atingindo hoje mais de 600 mil pessoas, ou seja, mais de 10 por cento da população activa. «Segundo o INE, a população desempregada com o ensino secundário aumentou 38% a com o ensino superior 27%. Só licenciados eram, em Janeiro, 54.100 desempregados», denunciou. Para Jerónimo de Sousa, com as actuais políticas não se vêm perspectivas para «alterar e inverter esta realidade».
Ao PSD, Jerónimo de Sousa acusou de ser uma «oposição fictícia», que apenas espera pelo seu regresso ao poder, «retomando o ciclo vicioso das falsas alternativas». E denunciou a proposta de alteração às leis eleitorais feita por este partido. Leis que, defende, não têm o propósito de «resolver qualquer problema real de representação política ou de ligação aos eleitores, mas apenas para garantir a perpetuação no poder dos partidos do “bloco central”, solução vendida como sendo um grande serviço prestado à democracia».