A alternativa é possível
Francisco Lopes e Vasco Cardoso, membros da Comissão Política do PCP, Eugénio Rosa, economista da CGTP-IN, e João Torres, membro do Comité Central e coordenador da União dos Sindicatos do Porto, foram os oradores do debate «Portugal, Problemas, Luta e Alternativa», no sábado à tarde, moderado por Fátima Messias, do Comité Central do Partido.
A crise que existe em Portugal atingiu as actuais proporções por causa das políticas há 28 anos seguidas por sucessivos governos, começou por dizer Francisco Lopes, assacando a responsabilidade ao PSD e ao PS que, sós ou associados ao CDS, têm alternadamente realizado uma política de classe que só aprofunda mais os factores negativos do enquadramento externo. A destruição do sector produtivo, o desemprego, as privatizações dos serviços públicos, o agravamento da exploração dos trabalhadores, os ataques sistemáticos aos direitos, aos salários e ao emprego, a limitação da liberdade de acção nas empresas são consequências destas políticas, que têm já na calha o aumento da idade da reforma, a diminuição das de férias e, eventualmente, a redução dos salários. A necessária mudança a sério é possível com o alargamento da base de movimentação das massas e o reforço do PCP.
Eugénio Rosa denunciou a tendência de retrocesso que se está a verificar na distribuição da riqueza. Enquanto, em 2001, os 20 por cento mais ricos recebiam 6,5 vezes mais que os 20 por cento mais pobres, essa percentagem subiu em 2004 para 7,4, muito superior à média europeia.
Para João Torres, «nunca um governo teve um tão curto estado de graça», pois frustrou expectativas de muitos trabalhadores e não assumiu a necessária rotura com as políticas de direita. Porém, eventuais «desânimos e frustrações» serão ultrapassados e a vontade, combatividade e luta dos trabalhadores não serão travadas por esta maioria PS.
Vasco Cardoso apontou a precariedade como um dos principais problemas da juventude, a braços com uma elevadíssima taxa de desemprego. Considerar a segurança no emprego como «coisa do passado» é uma ideia que a classe dominante pretende inculcar nos jovens, alvo preferencial dos ataques dos capitalistas, desejosos de ter ao seu serviço trabalhadores do século XXI com direitos do século XIX.
A crise que existe em Portugal atingiu as actuais proporções por causa das políticas há 28 anos seguidas por sucessivos governos, começou por dizer Francisco Lopes, assacando a responsabilidade ao PSD e ao PS que, sós ou associados ao CDS, têm alternadamente realizado uma política de classe que só aprofunda mais os factores negativos do enquadramento externo. A destruição do sector produtivo, o desemprego, as privatizações dos serviços públicos, o agravamento da exploração dos trabalhadores, os ataques sistemáticos aos direitos, aos salários e ao emprego, a limitação da liberdade de acção nas empresas são consequências destas políticas, que têm já na calha o aumento da idade da reforma, a diminuição das de férias e, eventualmente, a redução dos salários. A necessária mudança a sério é possível com o alargamento da base de movimentação das massas e o reforço do PCP.
Eugénio Rosa denunciou a tendência de retrocesso que se está a verificar na distribuição da riqueza. Enquanto, em 2001, os 20 por cento mais ricos recebiam 6,5 vezes mais que os 20 por cento mais pobres, essa percentagem subiu em 2004 para 7,4, muito superior à média europeia.
Para João Torres, «nunca um governo teve um tão curto estado de graça», pois frustrou expectativas de muitos trabalhadores e não assumiu a necessária rotura com as políticas de direita. Porém, eventuais «desânimos e frustrações» serão ultrapassados e a vontade, combatividade e luta dos trabalhadores não serão travadas por esta maioria PS.
Vasco Cardoso apontou a precariedade como um dos principais problemas da juventude, a braços com uma elevadíssima taxa de desemprego. Considerar a segurança no emprego como «coisa do passado» é uma ideia que a classe dominante pretende inculcar nos jovens, alvo preferencial dos ataques dos capitalistas, desejosos de ter ao seu serviço trabalhadores do século XXI com direitos do século XIX.