Pela paz, contra a guerra

Os «60 anos da Vitória sobre o Nazi-Fascismo» foram o tema do debate de sexta-feira à noite, moderado por Manuela Bernardino, do Secretariado do PCP, e onde os vários intervenientes se mostraram confiantes em que a paz é possível, desde que se lute.
Para Albano Nunes, da Comissão Política, o PCP assinala o fim do «pesadelo nazi», «por razões de memória» e para «honrar os mártires e heróis» e comemorar a vitória da resistência dos povos, com os comunistas na primeira linha. Apontar lições e ensinamentos é outro objectivo do PCP, quando hoje os EUA procuram impor uma nova ordem totalitária e desenvolvem uma corrida armamentista, que anualmente custa 500 mil milhões de dólares.
Valentin Churtchanov, do Partido Comunista da Federação Russa, sublinhando o contributo decisivo dos comunistas de todo o mundo para a vitória em 1945, lembrou que dos 6 milhões de comunistas que então havia na União Soviética, três milhões morreram na guerra. Enumerou três grandes «vagas de solidariedade internacionalista» e considerou necessária uma quarta vaga, para combater o imperialismo.
Vaclav Exner, do Partido Comunista da Boémia e Morávia, denunciou a tentativa de falsificação da história do século XX na República Checa. Ensina-se que comunismo é igual a nazismo e a 2.ª Guerra é apresentada como conflito entre comunismo e nazismo. Procura-se omitir o papel do Exército Vermelho na libertação da Checoslováquia, apresentando-a quase como obra dos EUA, mas nela morreram 140 mil soldados soviéticos e apenas 280 americanos.
João Frazão, da Comissão Política do PCP, falou das manobras para apagar o papel da resistência popular e dos comunistas na derrota do nazi-fascismo e para esconder os enormes sacrifícios e vidas que a guerra custou ao povo soviético. Denunciou a pseudo-neutralidade do Portugal de Salazar e lembrou que nesse período teve lugar um processo de reforço e reorganização do PCP.


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