Conhecer melhor a organização
Contactar e actualizar os dados do maior número de camaradas até ao final de Abril é uma das metas a atingir por todas as organizações do Partido, tarefa que exige persistência, dedicação e empenho de muitos militantes.
O Avante! foi falar com Luís Quintino, da Direcção da Organização Regional de Aveiro, António da Silva e Dário Reis, da Comissão Concelhia de Espinho, para saber qual a situação da campanha naquele distrito.
«Nota-se maior interesse pela imprensa do Partido e pelas tarefas em curso»
Saber quem somos, quantos somos e em que medida isso pode reforçar a organização e intervenção do PCP são os principais objectivos da campanha de contactos com os militantes do Partido.
O envolvimento de um maior número de quadros na vida e actividade colectiva passam pelo cumprimento desta dinâmica, até porque, como diz Luís Quintino, «o distrito é muito desigual e a informação que nós tínhamos no ficheiro estava, de uma maneira geral, muito desactualizada, quer em termos distritais, quer em muitas organizações de base».
No sentido de inverter a situação, continua Luís Quintino, «foram tomadas medidas excepcionais que obrigaram a uma planificação e distribuição de trabalho e de metas sectoriais em cada concelho», de que servem de experiência, «duas jornadas que fizemos durante dois fins-de-semana».
«Ainda que quer numa quer noutra não tenham sido atingidos os objectivos fixados, conseguimos dar um grande avanço nos contactos. Com um concentrar de esforços quase contactámos trezentos militantes», esclarece o dirigente.
«Claro que este é um trabalho muito difícil, mas do qual não podemos desistir só porque vamos uma vez a casa de um camarada e ele naquele momento não está. Há que insistir para restabelecer o contacto com os militantes afastados da organização», considera António da Silva. Apesar de ser «muito trabalhoso», conclui, «o contacto regular deve ser uma preocupação constante».
Por este facto e conscientes da centralidade desta acção no conhecimento e aproveitamento das potencialidades do colectivo comunista, «esta é uma oportunidade para que saibamos qual é a realidade, mas também quais são as medidas que é necessário tomar para dinamizar a actividade militante», acrescenta Luís Quintino. Para breve, diz ainda, «em concelhos ou localidades mais isoladas, mais distantes, estamos a organizar brigadas de contacto que conhecem melhor a zona para, pelo menos, perceber onde param esses militantes».
Até Abril, abrir caminho
Conhecedor da realidade em que se integra, Dário Reis dá conta do andamento da iniciativa em Espinho.
Apesar de na globalidade do distrito de Aveiro existirem concelhos mais avançados do que outros, a experiência que nos conta revela que há muito se deitaram mãos à obra.
«Aqui em Espinho, antes do arranque da campanha de contactos, já tínhamos iniciado o trabalho de actualização e notámos alguma discrepância nos dados, como a residência dos camaradas», diz Dário Reis.
«Assim, informatizámos todas as fichas de membros, o que veio facilitar bastante a nossa organização. Já falámos com gente com quem há muito não falávamos, num trabalho longo e demorado para percebermos a situação particular de cada camarada e as razões de afastamento da actividade do partido».
Do esforço de restabelecer ligação com comunistas há muito afastados do quotidiano partidário já é possível colher alguns frutos.
O pagamento regular da quota, em muitas células do PCP, para além de um recurso financeiro enquadrado nos princípios do Partido da classe operária e de todos os trabalhadores, significa um dos poucos elos de ligação com alguns militantes.
Consciente da importância desta orientação, Dário Reis explica que, em Espinho, «já tínhamos iniciado a campanha de aumento da quotização para um euro. Os valores que eram praticados eram extremamente baixos e com isso estamos a conseguir não só a recuperação de quotas, como nos encontramos sensivelmente a 80 por cento dos contactos no concelho».
Até Abril é possível terminar com sucesso, ultrapassados que estão os «50 por cento dos contactos no distrito», afirma Luís Quintino, «embora não tenha havido nenhum reforço extraordinário, como a constituição de novos organismos, nota-se maior interesse pela imprensa do Partido e pelas tarefas em curso».
Pequenos passos, mas firmes
Mais que um sucesso imediato, esta campanha de contactos permite «levantar pontas» e enquadrar «camaradas que se deslocaram, por razões profissionais ou pessoais, para outros distritos», como disse Luís Quintino.
Há ainda que ter em conta que nas áreas urbanas «as ligação se fazem sobretudo na base territorial, nas freguesias, e portanto existe maior facilidade de contacto com esses quadros na base do trabalho local», acrescenta, sem esquecer que «nas linhas de trabalho aprovadas na Assembleia de Organização já estávamos a levar a cabo uma maior dinâmica junto do sector empresas, tarefa que no final desta campanha pode levar algum avanço».
Finalmente, explicando os passos futuros, «ainda que ténues», resultantes do reforço da organização, Luís Quintino aponta a «realização de assembleias de freguesia, já com os dados dos militantes actualizados, em alguns concelhos que há muito tempo que as não fazem» como um exemplo das iniciativas imediatas.
As eleições para o Parlamento Europeu, o Congresso do Partido e as comemorações do 30.º aniversário do 25 de Abril serão igualmente momentos marcantes da actividade do PCP no distrito, podendo resultar daí a mobilização de um maior número de quadros.
António da Silva confessa-nos um projecto. Realizar uma «sessão de pintura ao ar livre sobre a Revolução Abril, como se fez aqui há alguns anos», e resultou na «frequência do Centro de Trabalho por muitos jovens, em iniciativas musicais, e de outro tipo, muito animadas».
O envolvimento de um maior número de quadros na vida e actividade colectiva passam pelo cumprimento desta dinâmica, até porque, como diz Luís Quintino, «o distrito é muito desigual e a informação que nós tínhamos no ficheiro estava, de uma maneira geral, muito desactualizada, quer em termos distritais, quer em muitas organizações de base».
No sentido de inverter a situação, continua Luís Quintino, «foram tomadas medidas excepcionais que obrigaram a uma planificação e distribuição de trabalho e de metas sectoriais em cada concelho», de que servem de experiência, «duas jornadas que fizemos durante dois fins-de-semana».
«Ainda que quer numa quer noutra não tenham sido atingidos os objectivos fixados, conseguimos dar um grande avanço nos contactos. Com um concentrar de esforços quase contactámos trezentos militantes», esclarece o dirigente.
«Claro que este é um trabalho muito difícil, mas do qual não podemos desistir só porque vamos uma vez a casa de um camarada e ele naquele momento não está. Há que insistir para restabelecer o contacto com os militantes afastados da organização», considera António da Silva. Apesar de ser «muito trabalhoso», conclui, «o contacto regular deve ser uma preocupação constante».
Por este facto e conscientes da centralidade desta acção no conhecimento e aproveitamento das potencialidades do colectivo comunista, «esta é uma oportunidade para que saibamos qual é a realidade, mas também quais são as medidas que é necessário tomar para dinamizar a actividade militante», acrescenta Luís Quintino. Para breve, diz ainda, «em concelhos ou localidades mais isoladas, mais distantes, estamos a organizar brigadas de contacto que conhecem melhor a zona para, pelo menos, perceber onde param esses militantes».
Até Abril, abrir caminho
Conhecedor da realidade em que se integra, Dário Reis dá conta do andamento da iniciativa em Espinho.
Apesar de na globalidade do distrito de Aveiro existirem concelhos mais avançados do que outros, a experiência que nos conta revela que há muito se deitaram mãos à obra.
«Aqui em Espinho, antes do arranque da campanha de contactos, já tínhamos iniciado o trabalho de actualização e notámos alguma discrepância nos dados, como a residência dos camaradas», diz Dário Reis.
«Assim, informatizámos todas as fichas de membros, o que veio facilitar bastante a nossa organização. Já falámos com gente com quem há muito não falávamos, num trabalho longo e demorado para percebermos a situação particular de cada camarada e as razões de afastamento da actividade do partido».
Do esforço de restabelecer ligação com comunistas há muito afastados do quotidiano partidário já é possível colher alguns frutos.
O pagamento regular da quota, em muitas células do PCP, para além de um recurso financeiro enquadrado nos princípios do Partido da classe operária e de todos os trabalhadores, significa um dos poucos elos de ligação com alguns militantes.
Consciente da importância desta orientação, Dário Reis explica que, em Espinho, «já tínhamos iniciado a campanha de aumento da quotização para um euro. Os valores que eram praticados eram extremamente baixos e com isso estamos a conseguir não só a recuperação de quotas, como nos encontramos sensivelmente a 80 por cento dos contactos no concelho».
Até Abril é possível terminar com sucesso, ultrapassados que estão os «50 por cento dos contactos no distrito», afirma Luís Quintino, «embora não tenha havido nenhum reforço extraordinário, como a constituição de novos organismos, nota-se maior interesse pela imprensa do Partido e pelas tarefas em curso».
Pequenos passos, mas firmes
Mais que um sucesso imediato, esta campanha de contactos permite «levantar pontas» e enquadrar «camaradas que se deslocaram, por razões profissionais ou pessoais, para outros distritos», como disse Luís Quintino.
Há ainda que ter em conta que nas áreas urbanas «as ligação se fazem sobretudo na base territorial, nas freguesias, e portanto existe maior facilidade de contacto com esses quadros na base do trabalho local», acrescenta, sem esquecer que «nas linhas de trabalho aprovadas na Assembleia de Organização já estávamos a levar a cabo uma maior dinâmica junto do sector empresas, tarefa que no final desta campanha pode levar algum avanço».
Finalmente, explicando os passos futuros, «ainda que ténues», resultantes do reforço da organização, Luís Quintino aponta a «realização de assembleias de freguesia, já com os dados dos militantes actualizados, em alguns concelhos que há muito tempo que as não fazem» como um exemplo das iniciativas imediatas.
As eleições para o Parlamento Europeu, o Congresso do Partido e as comemorações do 30.º aniversário do 25 de Abril serão igualmente momentos marcantes da actividade do PCP no distrito, podendo resultar daí a mobilização de um maior número de quadros.
António da Silva confessa-nos um projecto. Realizar uma «sessão de pintura ao ar livre sobre a Revolução Abril, como se fez aqui há alguns anos», e resultou na «frequência do Centro de Trabalho por muitos jovens, em iniciativas musicais, e de outro tipo, muito animadas».