Dirigentes muçulmanos em França apelam à calma
Em vésperas do debate do projecto de lei sobre os símbolos religiosos nas instituições públicas, o Conselho Francês do Culto Muçulmano (CFCM), reunido segunda-feira na Mesquita de Paris, pediu «calma» e «serenidade» aos muçulmanos.
O projecto de lei sobre a laicidade nos locais públicos, que proíbe nomeadamente o uso do véu islâmico nas escolas e na administração pública, vai ser entregue ao Parlamento francês em breve, a pedido do presidente Jacques Chirac. A iniciativa está a agitar os meios muçulmanos, e na internet circulam múltiplos apelos à realização de manifestações de protesto.
Em comunicado, o CFCM «exprime a viva inquietação da comunidade dos muçulmanos que vê como único acto concreto do governo a apresentação de um projecto de lei que provoca um sentimento de estigmatização dos muçulmanos», e faz notar que se têm registado «numerosos casos de islamofobia», «sem que estes actos de discriminação sejam sancionados».
Recordando que o discurso de Jacques Chirac, a 17 de Dezembro, foi «quase três quartos consagrado a apontar o Islão como a segunda religião de França e a luta contra a discriminação», o CFCM informa ter enviado «directivas» aos presidentes dos conselhos religiosos de culto muçulmano para que contactem os seus parlamentares a fim de reflectir na «concretização de todas as acções anunciadas» pelo presidente francês, e para que seja tida em conta a jurisprudência do Conselho de Estado nas modalidades de aplicação da
futura lei.
O comunicado, que não faz qualquer referências aos apelos às manifestações de protesto, exorta os muçulmanos a «viverem com calma e serenidade estes momentos difíceis».
O projecto de lei sobre a laicidade nos locais públicos, que proíbe nomeadamente o uso do véu islâmico nas escolas e na administração pública, vai ser entregue ao Parlamento francês em breve, a pedido do presidente Jacques Chirac. A iniciativa está a agitar os meios muçulmanos, e na internet circulam múltiplos apelos à realização de manifestações de protesto.
Em comunicado, o CFCM «exprime a viva inquietação da comunidade dos muçulmanos que vê como único acto concreto do governo a apresentação de um projecto de lei que provoca um sentimento de estigmatização dos muçulmanos», e faz notar que se têm registado «numerosos casos de islamofobia», «sem que estes actos de discriminação sejam sancionados».
Recordando que o discurso de Jacques Chirac, a 17 de Dezembro, foi «quase três quartos consagrado a apontar o Islão como a segunda religião de França e a luta contra a discriminação», o CFCM informa ter enviado «directivas» aos presidentes dos conselhos religiosos de culto muçulmano para que contactem os seus parlamentares a fim de reflectir na «concretização de todas as acções anunciadas» pelo presidente francês, e para que seja tida em conta a jurisprudência do Conselho de Estado nas modalidades de aplicação da
futura lei.
O comunicado, que não faz qualquer referências aos apelos às manifestações de protesto, exorta os muçulmanos a «viverem com calma e serenidade estes momentos difíceis».