Cuba socialista resiste e avança
O Teatro Karl Marx foi pequeno para acolher as 5 mil pessoas que, no sábado, marcaram presença na cerimónia comemorativa dos 45 anos da Revolução Cubana.
«A força continuou a ser o factor fundamental na vida da humanidade»
A par de outros eventos que habitualmente celebram a histórica vitória revolucionária de 1 de Janeiro de 1959, foi numa das mais emblemáticas salas do centro de Havana que se concentrou a comemoração oficial, à qual não faltou a expressão da identidade cultural da ilha, apresentada num espectáculo colectivo de diversos artistas cubanos.
No encerramento da sessão, o Presidente do Conselho de Estado e Secretário-Geral do Comité Central do Partido Comunista de Cuba, Fidel Castro, sublinhou o papel destacado do povo na construção de um projecto alternativo no país, analisou os temas mais candentes da política internacional e reiterou a solidariedade dos cubanos com todos os povos em luta por uma verdadeira alternativa à opressão imperialista.
Lembrar o passado, cumprir o futuro
Relembrando alguns dos momentos e personalidades mais marcantes da história de um projecto de transformação social com mais de quatro décadas, Fidel recordou que «logo em 1959, tiveram início as agressões com o uso de todos os meios económicos e políticos, incluindo a violência, o terrorismo e a ameaça de uso da força militar por parte dos Estados Unidos», factos que os acontecimentos recentes provam não pertencer ao passado, mas a uma política prepotente e agressiva dos EUA contra Cuba e todos os que não alinhem pelos seus desígnios imperiais.
«O caso de Cuba – continuou – contribuiu para demonstrar o quanto havia de ilusão e engano nos elegantes textos sobre os princípios e os direitos proclamados pela ONU. A força e não o direito continuou a ser o factor fundamental na vida da humanidade».
Saudando «todos os que lutam e não desistem jamais ante as dificuldades, os que acreditam nas capacidades humanas para criar, semear e cultivar valores e ideias», o «comandante» sublinhou que Cuba resiste e avança, apesar de ser um «país bloqueado durante quarenta e cinco anos, condenado em Genebra pelos EUA e seus sócios mais incondicionais, está a prestes a alcançar serviços de saúde, educação e formação cultural com níveis de qualidade que jamais o Ocidente rico e desenvolvido poderia sonhar, sobretudo porque são absolutamente gratuitos para todos os cidadãos sem excepção», factos que se somam à solidariedade dos cerca de quinze mil médicos cubanos que, gratuitamente, trabalham em mais de 64 países em todo o mundo para levar assistência médica e sanitária aos que o capitalismo insiste em esquecer.
A miséria neoliberal
Fidel Castro aludiu ainda, no seu discurso, à crescente violência imperialista que ameaça os povos, face bélica de uma «globalização neoliberal que produziu um verdadeiro desastre, unindo formas novas e velhas de saque e intercâmbio desigual à fuga incessante e obrigada de capitais, ao roubo de “cérebros” e aos acordos ruinosos impostos aos países do terceiro mundo».
Lembrando com vigor que todos os seres humanos têm direito à liberdade e à elevação da sua condição para patamares mais dignos, Fidel apontou o dedo aos que «conhecendo a crescente deterioração e redução dos recursos mundiais, os problemas educacionais e sanitários da maioria da população mundial» revelam a indiferença e a arrogância de quem «se afirma como os campeões olímpicos dos direitos humanos» mas continua teimosamente a perpetuar um «sistema económico e social» que vota às condições mais miseráveis milhões de pessoas e deixa morrer outros tantos com doenças curáveis, para as quais bastava a canalização de uma parte dos fundos hoje gastos em publicidade consumista.
No encerramento da sessão, o Presidente do Conselho de Estado e Secretário-Geral do Comité Central do Partido Comunista de Cuba, Fidel Castro, sublinhou o papel destacado do povo na construção de um projecto alternativo no país, analisou os temas mais candentes da política internacional e reiterou a solidariedade dos cubanos com todos os povos em luta por uma verdadeira alternativa à opressão imperialista.
Lembrar o passado, cumprir o futuro
Relembrando alguns dos momentos e personalidades mais marcantes da história de um projecto de transformação social com mais de quatro décadas, Fidel recordou que «logo em 1959, tiveram início as agressões com o uso de todos os meios económicos e políticos, incluindo a violência, o terrorismo e a ameaça de uso da força militar por parte dos Estados Unidos», factos que os acontecimentos recentes provam não pertencer ao passado, mas a uma política prepotente e agressiva dos EUA contra Cuba e todos os que não alinhem pelos seus desígnios imperiais.
«O caso de Cuba – continuou – contribuiu para demonstrar o quanto havia de ilusão e engano nos elegantes textos sobre os princípios e os direitos proclamados pela ONU. A força e não o direito continuou a ser o factor fundamental na vida da humanidade».
Saudando «todos os que lutam e não desistem jamais ante as dificuldades, os que acreditam nas capacidades humanas para criar, semear e cultivar valores e ideias», o «comandante» sublinhou que Cuba resiste e avança, apesar de ser um «país bloqueado durante quarenta e cinco anos, condenado em Genebra pelos EUA e seus sócios mais incondicionais, está a prestes a alcançar serviços de saúde, educação e formação cultural com níveis de qualidade que jamais o Ocidente rico e desenvolvido poderia sonhar, sobretudo porque são absolutamente gratuitos para todos os cidadãos sem excepção», factos que se somam à solidariedade dos cerca de quinze mil médicos cubanos que, gratuitamente, trabalham em mais de 64 países em todo o mundo para levar assistência médica e sanitária aos que o capitalismo insiste em esquecer.
A miséria neoliberal
Fidel Castro aludiu ainda, no seu discurso, à crescente violência imperialista que ameaça os povos, face bélica de uma «globalização neoliberal que produziu um verdadeiro desastre, unindo formas novas e velhas de saque e intercâmbio desigual à fuga incessante e obrigada de capitais, ao roubo de “cérebros” e aos acordos ruinosos impostos aos países do terceiro mundo».
Lembrando com vigor que todos os seres humanos têm direito à liberdade e à elevação da sua condição para patamares mais dignos, Fidel apontou o dedo aos que «conhecendo a crescente deterioração e redução dos recursos mundiais, os problemas educacionais e sanitários da maioria da população mundial» revelam a indiferença e a arrogância de quem «se afirma como os campeões olímpicos dos direitos humanos» mas continua teimosamente a perpetuar um «sistema económico e social» que vota às condições mais miseráveis milhões de pessoas e deixa morrer outros tantos com doenças curáveis, para as quais bastava a canalização de uma parte dos fundos hoje gastos em publicidade consumista.