A Cometna não pode fechar
A Cometna, principal empresa industrial do Concelho de Odivelas situada em Famões ha 20 anos, está ameaçada de encerramento.
A Cometna tem clientes e mão-de-obra qualificada
À beira do despedimento colectivo, os 161 trabalhadores desta unidade metalúrgica desfilaram no passado dia 23 pelas ruas de Odivelas até à porta do Município para denunciarem a situação e exigir uma posição, na sua defesa, por parte da autarquia, de forma a pressionar o Governo para que seja revogado o anunciado despedimento e encerramento daquela unidade de produção.
Navalha Garcia, do Sindicato dos Metalúrgicos, contou ao Avante! que a Cometna tem mercado, produtividade e trabalho motivo pelo qual não compreende como foram confrontados, na semana anterior, pelo anúncio do despedimento colectivo.
Com encomendas para a Sorefame/Bombardier, para Espanha, França e ainda para uma empresa americana, a Cometna está a produzir mais de 300 toneladas/mês, não fazendo por isso sentido para o Sindicato dos Metalúrgicos, o anuncio do seu encerramento.
Outra preocupação suscitada por Navalha Garcia deve-se às expeculações imobiliárias para habitação no terreno onde se encontra a empresa. O BCP emprestou à Cometna no ano passado, 900 mil contos, a troco da hipoteca do terreno e, segundo aquele dirigente, agora o Banco está a exercer pressão para que a metalurgia saia do terreno para que possa ali construir um empreendimento de luxo que lhe renda milhões de contos.
Os trabalhadores vão integrar-se hoje na jornada de luta da CGTP, em protesto junto ao Ministério da Economia e para a semana seguinte está marcada uma concentração frente ao Ministério do Trabalho.
CDU solidária
Na sessão de Câmara, Nelson Martins, em representação da CT e da Comissão Sindical da Cometna, solicitou esclarecimentos ao Município sobre a especulação imobiliária que está a ensombrar o futuro da Cometna. O presidente da Câmara, Manuel Varges, salientou que há muito que a Cometna tem violado as normas ambientais, situação que tem levado a autarquia a alertar a administração para que cumpra com as regras ambientais. Mostrou-se solidário com o sofrimento das famílias que estão dependentes daquela unidade e comprometeu-se em manifestar ao Ministro da Economia, ao Secretário de Estado do Trabalho e ao Primeiro Ministro as preocupações dos trabalhadores.
O vereador da CDU, Alexandrino Saldanha, alertou para o que considerou ser uma «falácia» utilizada pela presidência PS, ao considerar que as questões ambientais levantadas fundamentam a sua deslocalização, «como se noutro qualquer local não se viesse a levantar o mesmo problema».
A CDU e o PCP manifestaram a sua total solidariedade com a luta dos trabalhadores da Cometna pela manutenção da empresa e dos respectivos postos de trabalho.
Navalha Garcia, do Sindicato dos Metalúrgicos, contou ao Avante! que a Cometna tem mercado, produtividade e trabalho motivo pelo qual não compreende como foram confrontados, na semana anterior, pelo anúncio do despedimento colectivo.
Com encomendas para a Sorefame/Bombardier, para Espanha, França e ainda para uma empresa americana, a Cometna está a produzir mais de 300 toneladas/mês, não fazendo por isso sentido para o Sindicato dos Metalúrgicos, o anuncio do seu encerramento.
Outra preocupação suscitada por Navalha Garcia deve-se às expeculações imobiliárias para habitação no terreno onde se encontra a empresa. O BCP emprestou à Cometna no ano passado, 900 mil contos, a troco da hipoteca do terreno e, segundo aquele dirigente, agora o Banco está a exercer pressão para que a metalurgia saia do terreno para que possa ali construir um empreendimento de luxo que lhe renda milhões de contos.
Os trabalhadores vão integrar-se hoje na jornada de luta da CGTP, em protesto junto ao Ministério da Economia e para a semana seguinte está marcada uma concentração frente ao Ministério do Trabalho.
CDU solidária
Na sessão de Câmara, Nelson Martins, em representação da CT e da Comissão Sindical da Cometna, solicitou esclarecimentos ao Município sobre a especulação imobiliária que está a ensombrar o futuro da Cometna. O presidente da Câmara, Manuel Varges, salientou que há muito que a Cometna tem violado as normas ambientais, situação que tem levado a autarquia a alertar a administração para que cumpra com as regras ambientais. Mostrou-se solidário com o sofrimento das famílias que estão dependentes daquela unidade e comprometeu-se em manifestar ao Ministro da Economia, ao Secretário de Estado do Trabalho e ao Primeiro Ministro as preocupações dos trabalhadores.
O vereador da CDU, Alexandrino Saldanha, alertou para o que considerou ser uma «falácia» utilizada pela presidência PS, ao considerar que as questões ambientais levantadas fundamentam a sua deslocalização, «como se noutro qualquer local não se viesse a levantar o mesmo problema».
A CDU e o PCP manifestaram a sua total solidariedade com a luta dos trabalhadores da Cometna pela manutenção da empresa e dos respectivos postos de trabalho.