Caminha

Privatizações à vista

O Governo apresentou recentemente ao Conselho Económico e Social as prioridades de actuação para o próximo ano. Entre as medidas apontadas para «sanear as finanças públicas» a coligação PSD/CDS-PP pretende equacionar a privatização da Empresa Águas de Portugal e outras empresas públicas.
Neste sentido, a eleita do PCP na Assembleia Municipal de Caminha, Ana Cristina Costa e Silva, defendeu, em órgão autárquico, uma gestão pública da água e opôs-se à privatização dos sistemas de águas e saneamento.
«A privatização da Empresa Águas de Portugal, a concretizar-se, representaria a possibilidade da entrega a interesses privados, provavelmente multinacionais, de áreas particularmente sensíveis para o desenvolvimento regional, para o equilíbrio ambiental e para a qualidade de vida dos cidadãos, como o abastecimento de água, o saneamento básico e a recolha de resíduos», afirmou na passada semana a eleita do PCP, sublinhando que «a privatização irá transformar os recursos hídricos, que são de todos nós, em fontes de lucro de milhões e milhões de euros ao serviço do capital multinacional».
A intenção do actual Governo de privatizar a Empresa Águas de Portugal, segundo Ana Cristina, terá enormes repercussões no concelho de Caminha e no distrito de Viana do Castelo. Os eleitos do PCP entendem por isso que os interesses da população de Caminha, no que se refere ao abastecimento de água, saneamento básico e recolha de resíduos apenas serão garantidos se for recusada a lógica comercial e impedida a privatização, pretendida pelo Governo.

Agravamento da saúde

Empenhados em defender os interesses das populações, os eleitos do PCP na Assembleia de Freguesia de Caminha apresentaram ainda uma moção contra o aumento das taxas moderadoras no acesso aos cuidados de saúde.
O documento, aprovado por unanimidade, denuncia que os aumentos anunciados pelo Governo constituem um sério agravamento da saúde em Portugal. «Esta decisão insere-se numa cada vez mais visível estratégia de destruição do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e de crescente entrega aos privados deste sector social, e numa ofensiva para aumentar o pagamento directo dos cuidados de saúde da população», relata Ana Cristina.
Considerando que de qualquer forma, com ou sem diferenciação, as taxas moderadoras aumentam para todos, a Assembleia de Freguesia de Caminha, em reunião ordinária de 25 de Setembro de 2003, decidiu «manifestar a sua firme oposição a esta política que prejudica os trabalhadores e as populações, enfraquece o SNS e introduz crescentemente a lógica de que “quem quer saúde paga-a”».


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