João Luís Silva, do Secretariado e da Comissão Política da Direcção Nacional da JCP

Com a confiança de que o mundo novo é possível


A Festa da alegria, da arte, da cultura e do desporto. A Festa da paz, da fraternidade e da igualdade, que a Juventude toma como sua e constrói com a medida dos seus sonhos.

(…) Na Festa damos vida ao projecto que temos para o nosso povo e para a juventude. Contra a maré que o Capital quer impor, recusamos a injustiça, o ódio e a indiferença. Damos expressão ao mundo novo por que lutamos. Afirmamos o potencial transformador do trabalho colectivo, a solidariedade e a camaradagem. Mostramos que o Futuro tem Partido.

Fazemos tudo isto com a confiança de que o mundo novo é possível, empurrados pela força dos que, todos os dias, enfrentam as injustiças.

A força dos estudantes do Ensino Secundário que, confrontados com o ataque à Escola Pública, não se resignam e lutam pelo carácter emancipador da Escola de Abril, por uma educação para todos, com mais condições, sem Exames Nacionais, onde os estudantes têm palavra, decidem e tomam nas suas mãos o seu futuro.

A força dos milhares de estudantes do Ensino Superior que este ano, mais uma vez, se mobilizaram na rua pelo Ensino de Abril, contra as propinas e os entraves no acesso ao Ensino Superior.

Com a força dos jovens trabalhadores que, no seu local de trabalho, remam contra a ladainha do grande capital e exigem salários dignos, tempo para viver, o fim da precariedade e da instabilidade.

A força dos que levantam bem alto a bandeira da paz, que reclamam a solidariedade entre os povos e o direito de cada povo a decidir do seu destino, com os muitos milhares que se mobilizaram e mobilizam pelo fim do genocídio na Palestina e pela concretização dos direitos nacionais do povo palestiniano.

Com a força dos que lutam pelo ambiente, por uma casa para todos, pelo direito à cultura e ao desporto, pela igualdade. Aqui, na terra dos sonhos, todos podem ser quem são, sem receios e hesitações.

Avançamos com a força dos que sentem na pele as discriminações, por causa da sua identidade ou orientação sexual, pela cor da sua pele ou país de origem e, juntos pela igualdade, lutam contra cada uma delas.

Assim afirmamos, todos os dias, nas escolas e faculdades, nos bairros e associações populares, nas estações de transporte e locais de trabalho que não aceitamos o caminho de retrocessos que a política de direita nos quer impor.

(…) De cara levantada, com a força de Abril e o seu projecto de futuro, construímos, todos os dias, onde a vida pulsa, a ruptura com a política de direita e a alternativa política patriótica e de esquerda.

Nas escolas tratam-nos pelo nome, nos locais de trabalho é a nós que denunciam as injustiças de que são alvo, e em qualquer lado sabem que não há luta consequente e transformadora que não conte com o papel da JCP. Mas precisamos de aprofundar o nosso trabalho, dinamizar e criar mais colectivos, envolver mais colegas e amigos, elevar a consciência política da juventude através da luta, o verdadeiro motor da transformação.

(…) Somos a JCP, a Juventude do PC. Orgulhamo-nos do património inigualável de luta deste Partido e das gerações de jovens comunistas que nos antecederam.

Dizemos, com orgulho, que somos jovens comunistas.

(…) Viva a Festa do Avante! Viva a JCP! Viva o Partido Comunista Português!

 



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