A escrita de Manuel Dias Duarte, função que contou com mais de uma dezena de títulos de ficção, dos quais destaco Pedra da Lua, Don Giovanni em Lisboa e Angelina, uma mulher do povo na 1.ª República, assenta em três vertentes principais: o histórico, onde avulta a atmosfera política e social dos finais do século XIX; a 1.ª República e o período do Estado Novo; a pulsão operática, sobretudo na incursão que o autor reconstrói sobre libretos de Don Giovanni e do Werther de Edouarde Blau e Paul Milliet, mais do que uma viagem reconstrutiva e actual sobre o romance de Goethe O Sofrimento do Jovem Werther.