Imprescindível? é a CDU

Manuel Rodrigues

Ficámos anteontem a saber que o Governo PSD/CDS propôs um aumento de 300 euros no suplemento de risco da PSP e GNR, valor a ser pago de forma faseada até 2026.

Em reacção, diversas organizações representativas dos profissionais da PSP e da GNR manifestaram o seu descontentamento com tal proposta.

Na semana passada, o Governo PSD/CDS, que durante a campanha eleitoral garantiu ir resolver a contagem integral do tempo de serviço dos professores, apresentou uma proposta que deixa 25 mil professores para trás. E a Fenprof recusou-se a assinar tal acordo.

Recentemente, o Governo PSD/CDS, que durante a campanha prometeu reforçar o SNS e resolver os seus problemas, apresentou um plano, a que chamou Plano de Emergência para a Saúde, que é, na prática, o início de um plano estrutural de alteração profunda do SNS, a favor dos grupos económicos que fazem negócio com a doença, que pretende fazer avançar e que, consolidando-se, passaria a definitivo.

Na terça-feira passada, apresentou o Plano para as Migrações. Diversas medidas que não passam de um conjunto de intenções e vazio da resposta necessária e urgente que é preciso dar aos mais de 400 mil processos de regularização pendentes na AIMA.

E o PS, que no Governo – mesmo com maioria absoluta – não só não resolveu estes problemas, como agravou muitos deles ou fica calado ou limita-se a balbuciar apreciações «críticas» que mais não visam que desviar atenções das suas responsabilidades nas questões fundamentais, relativamente às quais não tem divergências profundas com a acção do Governo.

Tendo presente que também o Chega e a IL, para lá da aparência e da verborreia, dão suporte à política de direita que está na origem destes (e outros) problemas, o que é verdadeiramente imprescindível é dar força àqueles que honram promessas, não viram as costas às questões essenciais (salários, reformas, saúde, habitação), não abdicam dos seus compromissos com os trabalhadores, o povo e o País. Àqueles que estão sempre contigo, para o que der e vier: A CDU, o PCP e o PEV.

 



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