Cresce o apoio à coligação PCP-PEV
Para além dos 2210 membros de organizações representativas dos trabalhadores, de 50 antigos dirigentes sindicais e dos 135 ex-presos políticos, que abordamos em detalhe nesta edição, a CDU recebeu muitos outros significativos apoios.
De vários sectores chegam muitos e significativos apoios à CDU
Em várias iniciativas públicas, a Coligação PCP-PEV tem revelado os muitos – e significativos – apoios que tem recebido com vista às eleições legislativas de domingo. No grande comício do Rossio, no dia 3, foi anunciado o apoio de 2210 dirigentes e delegados sindicais, membros de comissões de trabalhadores e de comissões de higiene, segurança e saúde no trabalho (ver páginas 4 e 5), que vêem na CDU a força que mais consequentemente defende os trabalhadores, os seus direitos e condições de vida.
Pelo seu significado, enumeramos nesta edição do Avante! (nesta página e na página 12) os 50 antigos dirigentes sindicais e os 135 ex-presos políticos que deram o seu apoio à CDU.
Mas há mais. No comício de Coimbra destacou-se os mais de mil jovens que apoiam a CDU e já no desfile de Lisboa tinha sido revelado que mais de 400 trabalhadores de centros comerciais manifestaram o seu acordo com as propostas da Coligação PCP-PEV para o sector, nomeadamente no que respeita aos salários, aos horários e ao encerramento das grandes superfícies aos domingos e feriados sem perda de remuneração.
Em várias acções deu-se a conhecer o amplo apoio recebido junto de agricultores, professores e profissionais do cinema. Da área da Cultura chegaram também muitos e relevantes apoios à CDU, em reconhecimento não apenas do trabalho que tem sido feito em defesa do sector e dos seus profissionais como em apoio às suas propostas para valorização deste que o PCP considera, no seu Programa, uma vertente da democracia.
A Iniciativa dos Comuns anunciou há dias que o seu manifesto O trabalho da esperança: razões para um voto, que apela à opção pela CDU, atingiu as 500 assinaturas, de «pessoas dos bairros, universidades, empresas e órgãos de comunicação social e de diversos sectores sociais, todas sem filiação partidária». Fazem-no, recordam, «a partir da frase do poeta Manuel Gusmão que nos lembra que é preciso construir a esperança».
Antigos dirigentes da CGTP-IN apelam ao voto na CDU
Foi divulgado na semana passada um «Apelo de 50 sindicalistas de Abril», cujos subscritores, «conscientes dos perigos dos tempos que se avizinham e porque continuamos a lutar pela liberdade, pela democracia, pelo Estado social, pela paz e pelo fim da exploração do homem pelo homem», apelam «aos trabalhadores e trabalhadoras portugueses para apoiarem e votarem nas candidaturas inseridas na CDU».
São destacados os nomes de Daniel Cabrita (como presidente do Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas, presidiu à primeira reunião Intersindical, em 11 de Outubro de 1970, e foi preso político entre 1971 e 1973), Victor Ranita (presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Porto, representado na primeira reunião Intersindical, dirigente da Federação dos Metalúrgicos, em 1970), Avelino Gonçalves (dirigente da Intersindical, em representação do Sindicato dos Bancários do Norte, e ministro do Trabalho no 1.º Governo Provisório, que instituiu o Salário Mínimo Nacional), Armando Teixeira da Silva (dirigente do Sindicato dos Gráficos do Porto, secretário de Estado da Segurança Social no 5.º Governo Provisório e coordenador da CGTP-IN, entre 1977 e 1986); Manuel Carvalho da Silva (dirigente do Sindicato dos Electricistas do Norte, coordenador da CGTP-IN, entre 1986 e 1999, e seu Secretário-Geral entre 1999 e 2012), Arménio Carlos (dirigente do Sindicato dos Transportes Urbanos de Lisboa, TUL, e Secretário-Geral da CGTP-IN, entre 2012 e 2020) e Isabel Camarinha (coordenadora do Sindicato do Comércio e Serviços, CESP, e Secretária-Geral da CGTP-IN, entre 2020 e 2024.
Como «signatários não esquecem que a sua dedicação à luta sindical dos trabalhadores portugueses foi muito estimulada pelo abnegado exemplo cívico dado pelos homens e mulheres comunistas e outros democratas», seguem-se, por ordem alfabética: Adelino Carvalho, Alice Rocha, Amélia Lopes, Américo Flor Marques, Américo Nunes, Ana Avoila, Ana Maria Mesquita, António Avelãs, António Quintas, Armando Farias, Augusto Praça, Carlos Carvalho, Deolinda Machado, Emídio Martins, Etelvina Reis, Francisco Figueiredo, João Silva, João Torrado, João Torres, Joaquim Almeida, Joaquim Dionísio, José Augusto Paixão, José Encarnação, José Ernesto Cartaxo, José Luís Judas, José Soeiro, Josué Marques, Júlio Balreira, Leonel Nunes, Luís Garra, Luísa Ramos, Manuel Freitas, Manuel Gomes Peres, Manuel Guerreiro, Manuel Pisco Lopes, Maria do Carmo Tavares, Maria do Céu Jesus, Maria Graciete Cruz, Maria da Luz Nogueira, Mário David Soares, Merlinde Madureira, Odete Filipe, Palmira Peixoto.
A tomada de posição, como contou José Ernesto Cartaxo ao Avante!, nasceu em convívios destes antigos dirigentes da CGTP-IN, de vários quadrantes políticos. Foi na base desses contactos que se construiu, por consenso, o texto do apelo. «Há muitos mais sindicalistas de Abril», sendo que o número 50 surgiu como associação ao 50.º aniversário do 25 de Abril.