Produção nacional e saúde em destaque no distrito do Porto
Santo Tirso, Matosinhos e Leça da Palmeira, na refinaria da Galp, foram os locais escolhidos por Paulo Raimundo para destacar as temáticas da saúde e da produção nacional naquele que foi o primeiro dia da última semana de campanha da CDU.
Tanto em Santo Tirso como em Matosinhos, o apoio popular à CDU foram claros
A manhã de segunda-feira, dia 4, começou ao lado do Hospital de Santo Tirso com uma tribuna pública dedicada às questões da Saúde.
Foi João Ferreira, segundo candidato pelo círculo eleitoral portuense, que deu início à iniciativa chamando Fátima Monteiro, enfermeira e dirigente sindical, e Cátia Martins, médica e candidata, para falarem sobre os graves entraves no acesso à saúde, os problemas com que lidam estes profissionais e sobre as propostas da CDU para a área.
«Foram o PCP e a CDU que travaram uma justa luta contra a privatização do Hospital de Santo Tirso», recordou Alfredo Maia no início da sua intervenção, «é o PCP quem tem proposto medidas concretas para resolver os problemas na região, incluindo a construção do novo Hospital de Santo Tirso, para além das obras de remodelação, ampliação e modernização já feitas, aliás por exigência do PCP».
A tribuna terminou com Paulo Raimundo, que falou sobre a necessidade de pôr cobro ao desmantelamento do serviço público que é o SNS.
Produção nacional é essencial
Em Leça da Palmeira, com as antigas instalações da refinaria como pano de fundo, foram os depoimentos pessoais do ferroviário José Gonçalves, da assistente de bordo Helena David e do ex-trabalhador da refinaria César Martins, todos eles candidatos, que deram o mote de partida à sessão pública.
«O distrito do Porto tem enormes potencialidades como pudemos testemunhar com os vários exemplos trazidos a esta tribuna, apontando as inúmeras possibilidades de desenvolvimento do distrito, da região e País», anotou Alfredo Maia que trouxe à discussão outros elementos como a pesca, a agricultura, o caso da Efacec e evidenciou a necessidade do controlo público sobre empresas estratégicas e de uma «discriminação positiva» a micro, pequenas e médias empresas.
Já Paulo Raimundo, que voltou a encerrar o período de intervenções, afirmou que não há nada que justifique o «autêntico crime económico» que foi o encerramento da refinaria de Matosinhos. «Esta refinaria encerrou, com as centenas de despedimentos e com as consequências aqui já descritas, mas não houve nenhuma alteração no padrão de consumo. Passámos a comprar lá fora o que estas instalações permitiam fabricar», salientou.
Confiança e ânimo para 10 de Março
A tarde terminou com um desfile pela Rua Alfredo Cunha abaixo, em que o contacto com a população e com os pequenos negócios foram elementos assíduos. À entrada de um café, antes da grande mancha de bandeiras desaguar na praça que dá de frente com a Câmara Municipal de Matosinhos, duas mulheres gritaram espontaneamente «o povo a votar, CDU a ganhar».
A chuva ameaçava, mas houve ainda tempo para Alfredo Maia e Paulo Raimundo dirigirem algumas palavras aos presentes. «Mais vale uma conversa do que 10, 20 ou 30 documentos distribuídos e o resultado disso está à vista: há mais pessoas disponíveis para nos ouvir e dar mais apoio à CDU», salientou o cabeça-de-lista.
«Estamos a colocar no centro do debate o que é importante na vida das pessoas, os salários, as reformas, a cultura, o SNS, a habitação, produção nacional e a pobreza», referiu o Secretário-Geral.