Votar CDU no distrito de Leiria, reforçar o compromisso por Abril
No dia 26, centenas de activistas, entre os quais diversos candidatos pelo distrito de Leiria, participaram num comício da CDU na Marinha Grande, com intervenções do resistente antifascista Domingos Abrantes, do primeiro candidato pelo círculo de Leiria João Paulo Delgado, e do Secretário-Geral do PCP.
Reforço da CDU significa melhores condições de vida
Na Casa da Cultura – Teatro Stephens, coube às crianças do coro do Sport Operário Marinhense abrir a sessão, apresentada pela mandatária Alexandra Dengucho, cantando o «Grândola, vila morena». Seguiu-se, também com Zeca Afonso, a voz de Sara Vidal (candidata pelo PEV) e a guitarra de Rogério Cardoso Pires, com as canções «Traz outro amigo também», «O que faz falta» e «Venham mais cinco».
A dura razão que sustem Abril
As eleições «assumirão o carácter de uma luta por Abril ou contra Abril», realçou Domingos Abrantes, para quem o País vive «sob a ameaça de novos perigos» de forças fascistas ou fascizantes.
Em altura de uma campanha contra Abril, alicerçada no anticomunismo, o militante do PCP lembrou os muitos comunistas e outros democratas que, como ele, foram presos, mas também torturados e mortos pelo fascismo.
Uma resistência que não pode ser esquecida, como não pode ser esquecido, afirmou, «que não há solução do problema político português sem a CDU, e muito menos contra a CDU».
Não perder tempo e reforçar a CDU
Por sua vez, João Paulo Delgado, para quem «o caminho não é o desânimo e a passividade», lembrou que se o reforço da CDU significa melhores condições de vida, o contrário também é verdade.
Para o candidato, o «desenvolvimento equilibrado do distrito» só pode ser conseguido apostando na indústria dos moldes e demais actividades produtivas, valorizando a Mata Nacional de Leiria, recuperando o Pinhal Interior Norte, construindo o novo hospital do Oeste, requalificando o IC8, IC2, IC9 e EN242, modernizando a Linha do Oeste, entre outras.
Propostas que só serão possíveis com «mais acção, mais rua, mais contactos, mais conversas», reforçando a CDU.
O que faz falta é corrigir injustiças
Para Paulo Raimundo a «maior urgência que se coloca» é o aumento geral dos salários e pensões, não só para quem trabalha e trabalhou, como, também, para as micro, pequenas e médias empresas (MPME).
Aumentando salários e pensões aumenta-se também, recordou, o poder de compra da população e dinamiza-se o mercado interno, medida essencial para as MPME, a par de se «baixar os custos de contexto das MPME», destacou.
Aqui, o Secretário-Geral lembrou, ainda, a necessidade do fim das normas gravosas da legislação laboral, revogando-se a caducidade da contratação colectiva e dando mais força negocial aos trabalhadores. No fundo, e como sintetizou: «retirar da mão do patronato a espada que tem sobre o pescoço dos trabalhadores».
Na mesado comício estiveram, também, Beatriz Nunes, da Juventude CDU, João Norte, do Secretariado da Direcção da Organização Regional de Leiria do PCP, Miguel Martins, da Comissão Executiva do PEV, Luís Caixeiro, do Comité Central (CC), Vasco Cardoso, da Comissão Política do CC, Rui Braga, do Secretariado do CC, e diversos candidatos.