No distrito de Viseu e no País a CDU é o «voto na esperança»
A CDU realizou, no dia 21, iniciativas em três concelhos do distrito de Viseu, que contaram com a participação e intervenção do Secretário-Geral do PCP, Paulo Raimundo, bem como de Alexandre Hoffmann Castela, primeiro candidato neste círculo.
O distrito de Viseu precisa de uma política patriótica e de esquerda
Com vários activistas e candidatos, decorreu um contacto com pequenos comerciantes de Lamego. «As pessoas estão disponíveis para nos ouvir», afirmou, no final do percurso, em frente ao mercado municipal, Paulo Raimundo, numa breve intervenção.
O voto na CDU, disse, «é um voto nas suas próprias vidas» e, no caso dos pequenos comerciantes, é em propostas como melhores salários que garantam mais poder de compra e o fortalecimento do mercado interno, a redução de custos de taxas e tarifas para micro, pequenas e médias empresas, bem como uma justiça fiscal que assegure um alívio de impostos nesta camada social.
Mais tarde, já o dia se tinha posto, quando cerca de uma centena de candidatos e activistas da CDU participaram num jantar-comício em Mangualde.
Aqui, após uma apresentação pelo mandatário distrital Francisco Almeida, o candidato pelo PEV António Soutoafirmou como central «a gestão pública da água e a qualidade deste recurso», uma das muitas reivindicações de «Os Verdes» que, mesmo não estando na Assembleia da República (AR), não deixaram de lutar contra os atentados ambientais provocados pelas ETAR da Lavandeira e Cubos ou «os projectos pouco transparentes ligados à prospecção e exploração de lítio».
Para o candidato, os deputados do PEV fazem falta na defesa da adaptação às alterações climáticase na diminuição da pegada ecológica, sendo «tempo de a voz ecologista regressar à AR».
Já Alexandre Hoffmann Castela, que afirmou a CDU como «uma frente ampla e alargada na luta pelo povo e pelo desenvolvimento, pela democracia e pela liberdade», declarou como central a eleição de um deputado da CDU pelo círculo de Viseu à AR.
Sem deixar de mencionar questões essenciais como salários, reformas, ferrovia ou a agricultura (apontando o regresso da Casa do Douro ao controlo dos vitivinicultores como estratégico), o candidato sublinhou o direito à cultura e à ciência, a necessária «valorização laboral e contratual dos seus trabalhadores», ao serviço do «desenvolvimento e progresso do País», contra o «trilho de estupidificação colectiva» em que nos encontramos.
«Lutamos pelo fim do subfinanciamento da cultura, da ciência, do associativismo e do desporto, motor fundamental para o reforço da democracia e da liberdade», tanto nas associações populares como nas várias componentes artísticas, destacou, apontando, ainda, a luta da CDU por um «urgente levantamento e processo de inventariação do edificado histórico» do distrito.
Por fim, depois de afirmar que na região «a desertificação e o défice demográfico não são inevitáveis», Paulo Raimundo lembrou que «é necessário criar condições para as pessoas viverem no Interior». Condições como a reindustrialização, apoio à agricultura familiar, investimento no SNS, educação e outros serviços públicos e infra-estruturas como a ferrovia.
Para o Secretário-Geral, «o distrito precisa de uma política patriótica e de esquerda» que o reponha no caminho de Abril. «É na Revolução, na Constituição e nos valores de Abril que está o presente e o futuro de Portugal», declarou, apontando a CDU como a força portadora desse caminho novo, em cujo voto se concretiza, como afirmou, também, nesse dia, como «um voto na esperança».
CDU ao lado das populações
Na Lapa dos Lobos, concelho de Nelas, a CDU tem acompanhado as acções combativas da população, em muitas lutas como o combate ao atraso nas obras da linha da Beira Alta ou a construção da ETAR local.
Neste contexto, promoveu, no dia 21, uma sessão na freguesia sobre mobilidade, que contou com a presença de Paulo Raimundo e Alexandre Hoffmann Castela.
Aqui, após um período de audição de problemas e questões dos fregueses (que passaram, por exemplo, pela construção de uma ponte pedonal sobre a linha do comboio, evitando uma deslocação de dois quilómetros), o Secretário-Geral destacou o «exemplo de capacidade» daquela população, de um povo que sabe que vale a pena lutar e que, continuará, com a CDU ao seu lado, «com esta força e com esta energia». Também aqui Maria João Correia, candidata do PEV, e Fernando Carreira, eleito local, sublinharam lutas como a construção de uma nova ETAR (com a actual a cobrir apenas parte da freguesia), bem como contra o fecho do apeadeiro de comboios local.